
quinta-feira, dezembro 28, 2006
Final de Ano

quarta-feira, dezembro 27, 2006
As escolhas do professor IV

terça-feira, dezembro 26, 2006
Adenda (tradições) Natal
terça-feira, dezembro 19, 2006
Natal
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Comezaina tuga em cracóvia
terça-feira, dezembro 12, 2006
Espertalhona
segunda-feira, dezembro 11, 2006
Viagens na terra de outros - Katowice

Em Katowice existe um parque da dimensão do Monsanto (ou maior) feito na segunda metade do século XX. Devo dizer que se não fosse pelas vistas que o Monsanto tem sobre Lisboa, diria que este parque mete o nosso no sapato. Zoo, parque de diversões, estádio de futebol, planetário, lagos, floresta, teleféricos, it got it all. Mesmo no Outono quando lá fui, e com um frio do camandro gostei. Em seu redor, a vista que marca a cidade, torres de uns 20 andares. Aliás, abundam pela cidade prédios impessoais de dimensões generosas. Todavia, há espaços verdes entre os mesmos (autarcas de Santo António dos Cavaleiros, Rio de Mouro, Odivelas aprendam).

domingo, dezembro 10, 2006
Nem na Polónia tenho sossego no Natal
segunda-feira, dezembro 04, 2006
Cinema na Polónia

terça-feira, novembro 28, 2006
Teimosia polaca vem de longe
Por exemplo, só um gajo bem teimoso é que se lembrava de no início do século XVI mandar o bitaite em forma de modelo de que é a Terra que afinal gira em torno do Sol. Pois é, o Mikolaj Kopernik (Copérnico) era polaco. Nos tempos livres lá conseguiu pôr em causa o modelo geocêntrico que a Igreja Católica tanto defendia. E sortudo como foi, na sua altura a Igreja Católica nem lhe chateou muito o juízo sobre estas ideias. Quem se lixou à grande umas dezenas de anos depois em torno destes assuntos foi o Galileu.
segunda-feira, novembro 27, 2006
Velharias nas estradas polacas


domingo, novembro 26, 2006
sexta-feira, novembro 24, 2006
Wódka
quarta-feira, novembro 22, 2006
Solanum tuberosum
Em suma, quem julgue que vem até à Polónia comer boa batata, ficará decerto desapontado, pois esta é uma batata ainda bastante naif, que recusa ser produzida de acordo com as mais recentes directivas da FAO, e que neste acto de rebeldia não merece mais do que nota 5 (numa escala de 0-20). Assim, está bom de ver que não há condições para fazer um bom do bife com batatas fritas, ou mesmo, o saudoso bitoque.
terça-feira, novembro 21, 2006
As escolhas do professor III

segunda-feira, novembro 20, 2006
Viagens na terra de outros - Wrocław


Nos guias turísticos é referenciada como a Veneza da Polónia (e quase que jurava que num que eu li, surgia como a Aveiro da Polónia), por causa de alguns canais que atravessam o centro da cidade. Já estive em Veneza e não é bem a mesma coisa. Faltam japoneses.
Como foi afectada/bombardeada/destruida parcialmente na última guerra, por exemplo os edifícios da bela praça central não são os originais, mas sim reconstruções. Perdeu-se um pouco da história, ganhou-se em beleza e em cor. E para não fugir à paisagem habitual das cidades polacas, anda em profundas obras (centro histórico inclusive), para aproveitar à última da hora os subsídios da UE.
domingo, novembro 19, 2006
Calçado português na Polónia e em força

sábado, novembro 18, 2006
Sinalização vertical de trânsito polaca
Quando vi este sinal pela primeira vez, vários pensamentos desfilaram na minha mente. A saber:
1- Como é que um homem deste tamanho caberia dentro deste carro?
2- Os peões neste local andam a correr à frente dos automóveis?
3- Porque é que o boneco parece estar a cair se ninguém/nada lhe tocou? Será o João Pinto?
4- O que raio quer dizer Wypadki?
Toda esta preocupação da minha parte revelou-se bastante precipitada, pois uns metros mais à frente, e após ver este semáforo, fiquei perfeitamente descansado relativamente à capacidade dos polacos entenderem os sinais de trânsito.
sexta-feira, novembro 17, 2006
Sons daqui
Antes de mais, e talvez nem todas as pessoas saibam, o Chopin nasceu na Polónia e tinha o nome de Fryderyk Franciszek Chopin. Já naquela altura o mundo da música (a clássica então nem se fala) era um mundo cão, pelo que para singrar e aproveitando a sua mudança para Paris, por sugestão dos marketeers da sua editora, mudou os nomes próprios para Frédéric François. Diz-se que ele foi um bom compositor. Não tenho conhecimentos para avaliar, mas tem uns ritmos engraçados.
Mas, mudando para algo mais actual, verifico que o Jazz tem bastante saida por estas bandas, e apesar de já ter ido a concertos que se revelaram uma estopada daquelas que até deu para dormir, também já houve dos bons (e isto por amadores). No campo dos artistas profissionais, e segundo fontes polacas, Leszek Możdżer é um bom exemplo do bom nível actual do jazz polaco.
Para quem goste de algo mais a mandar para o Pop, existe por exemplo uma cantora que alia um 2º lugar no disputadíssimo concurso da Eurovisão de 1994 (quem não se lembra disso), com 3 capas da revista Playboy. O seu nome é Edyta Gorniak.
Outros nomes para procurar no Youtube ou noutros sítios que tais: Sojka , Raz Dwa Trzy e Maria Jopek.
domingo, novembro 12, 2006
Polka not Polska
quinta-feira, novembro 09, 2006
Afinal estou a viver na Galicia

quarta-feira, novembro 08, 2006
Viagens na terra de outros - Cracóvia a Varsóvia

quarta-feira, novembro 01, 2006
Cuidadinho a andar a pé
Agora o que é inadmissível é que tenha sido alvo de uma tentativa de atropelamento (consumada para a outra pessoa que estava comigo na altura) por parte de um condutor enquanto eu estava no passeio, e aquele troglodita sobe o passeio todo à minha frente, e muito descontraidamente começa a fazer marcha-atrás como se eu fosse ali uma entidade sobrenatural, logo sem existência física (e se calhar jurídica). Sei que não se devem fazer generalizações, mas parece que a Farinha Amparo também anda a distribuir cartas de condução neste país. E ao contrário de Portugal, não é só a mulheres.
segunda-feira, outubro 30, 2006
Viagens na terra de outros - Varsóvia
domingo, outubro 29, 2006
Lisboa vs Cracóvia by night
Lisboa:
20.00: Saída de casa e caminhada de 3 min até ao carro estacionado;
20.03: Carro bloqueado por um marmelo que estacionou em 2ª fila. Buzinadelas até o desrespeitoso proprietário chegar. 1ºs impropérios da noite já foram proferidos;
20.05: Início da viagem até ao sítio onde se irá jantar;
20.15: Estrada em obras e desvio forçado da rota traçada;
20.25: Chegada às proximidades do sítio do jantar e busca por um lugar de estacionamento livre e não pago;
20.35: Resposta a telefonema de amigo pedindo desculpa pelo atraso devido a ainda andar à procura de lugar para estacionar;
20.40: Desistência de procurar espaço grátis, e estacionamento em parque subterrâneo de centro comercial;
20.45: Chegada ao local combinado para jantar, com 15 min de atraso;
23.00: Fim do jantar. Ida para tomar café num sítio perto. O carro continua no parque;
0.30: Após fim do café, regresso ao carro. Custo do parque: € 3.60. Um roubo. Rajada de palavrões;
0.50: Perto do Bairro Alto inicia-se mais uma busca por um lugar de estacionamento livre (e desta vez não quero dar mais dinheiro a chulos);
1: Local a cerca de 10 min a pé mas com uma subida dolorosa pela frente, encontra-se livre. Após fechar a porta deparo-me com um delinquente que me diz algo do género: “oh, não me orientas aí uns trocos”. Impulsos violentos e comentários à la CDS-PP são reprimidos. Lá dou 40 cêntimos. Espero que seja do agrado dele e que não me lixe nada no carro;
1.10: Chegada às ruas estreitas do Bairro Alto, impestadas de freaks, estudantes simpatizantes de esquerda caviar, betos da Linha e de Campo de Ourique, chungaria da Amadora, mariconços, estrangeirada, etc e tal. Locais simultaneamente sossegados, agradáveis, com boa música e sem névoa: Zero, neribi, nicles. O único sítio que realmente consigo gostar de estar é o BedROOM;
3.00: Após estar duas horas em pé nas ruas do bairro, a fumar erva à borla, a levar com duas jolas em cima, e com o simpático número de 467 pessoas que abriram caminho, roçando-se em mim, decido que é hora de ir para casa;
3.10: Chegada ao carro;
3:20: Chegada à minha rua;
3:50: Estacionamento do carro, numa rua a 7min de minha casa, porque não havia uma porcaria de lugar mais perto às 4 da matina para estacionar no meio de Lisboa;
Cracóvia:
20.00: Saída de casa a pé para ir jantar;
20.10: Chegada a restaurante bom, barato e com uma decoração bem conseguida;
22.00: Após escolher sítio para ir tomar café, curta caminhada de 5minutos até sítios bem giros como o Loch Camelot;
22.45 até 1.00: Deambulação por alguns bares (dentro de uma lista de 300) onde é SEMPRE possível arranjar um lugar sentado, no máximo a 15minutos de distância a pé, com final (opcional) em discoteca;
1.10: Chegada a casa.
Não entrando sequer em comparações acerca da qualidade dos locais (fica para próxima oportunidade), se ficar só pela conveniência, Cracóvia dá baile a Lisboa.
Nota: Toda esta comparação não é justa, uma vez que devia comparar Lisboa com a capital Varsóvia. E em Varsóvia, para sair à noite, o carro também é quase indispensável se quisermos aproveitar ao máximo.
segunda-feira, outubro 23, 2006
As escolhas do professor II
segunda-feira, outubro 16, 2006
Começou hoje oficialmente a...
quinta-feira, outubro 12, 2006
Polska-Portugalia, o rescaldo

Custos: Bilhete: 60pln. Transporte: 40 pln. Menu McNuggets: 11,50 pln. 235km percorridos. 3,45horas desperdiçadas na viagem. E para quê? Para ver Portugal escapar miraculosamente a uma cabazada que a Polónia, se tivesse tido sorte, daria sem problemas. Visto por este prisma, agora poderia discorrer aqui sobre a enorme falta de respeito que os jogadores portugueses demonstraram pelos emigrantes, ou questionar se eles vieram à Polónia para jogar futebol ou para mirar loiraças. Era muito fácil...não vou por aí.
segunda-feira, outubro 09, 2006
3ª coisa mais importante na vida a seguir a..
segunda-feira, outubro 02, 2006
domingo, outubro 01, 2006
Momento Eduardo Cintra Torres
sábado, setembro 30, 2006
Polska-Portugalia
sexta-feira, setembro 29, 2006
E eu estou aqui
No supermercado
As diferenças que mais noto são a existência de zonas específicas para a venda de bebidas alcoólicas dentro dos supermercados maiores (pagam-se as bebidas separadamente e depois continuamos com as compras) e uma dificuldade em encontrar bifes de vaca na maioria dos supermercados. Para as florzinhas que gostam de comer peixe, é bastante dificil encontrar algo fresco (truta, salmão e com muita sorte, dourada é o que há). Mar a 600km dá nisto.
Como curiosidades aponto os pacotes de sumo de 2litros (em que 1 é inteiramente grátis), iogurtes de meio kilo, e peixe em frascos (dificil de descrever, e que ainda não provei). Excluindo isto, a língua polaca e a inexistência de pessoas brasileiras a atender-nos, podia estar num supermercado nacional. Bem, mas mesmo para um carnívoro inveterado como eu, sinto a falta do cheirinho a peixe num supermercado, quanto mais não seja, para apressar o passo das compras.
quarta-feira, setembro 27, 2006
Ir de A para B em Cracóvia
Opção 1 - Membros inferiores do corpo humano: ideal para dia e noite se o objectivo for andar pelo centro da cidade, que além de ser plano, é relativamente pequeno e onde a maior parte dos pontos de interesse se concentram. Os passeios são regra geral largos, se bem que ao nível do estacionamento automóvel em cima dos passeios a situação é igual a Portugal (desrespeito). Atravessar as ruas, principalmente nas passadeiras pode até desafiar a paciência do chinês mais característico, pois não raras vezes passam 5, 10, 15 carros e nenhum deles para por livre vontade. Facto curioso é o respeito dos peões pelo sinal vermelho (às vezes, pelas 2/3 da manhã ainda se podem ver pessoas numa avenida vazia de carros à espera que o sinal mude de sinal para atravessar (há multa prevista para os impacientes!);
Opção 2 - Bicicleta: número de ciclovias em crescimento, mas claramente insuficiente. É mesmo muito normal ver ciclistas a pedalar nos passeios porque nas estradas não há espaço/é perigoso. Mas mesmo assim, vê-se um número razoável de pessoas de bicicleta. Já agora, o preço de aluguer de uma bicla é de €1,25/hora (baratito). Ideal para percursos pendulares de até 30/40minutos;
Opção 3 - Tram: Há-os para vários gostos. Os redondinhos (ver foto) e com pelo menos 40 anos e bancos de madeira, têm carisma mas pouco conforto (principalmente para o traseiro e costados). Os mais novos, sim senhoras, convencem e são ainda mais modernos por exemplo que as carruagens do “Metro” do Porto, tendo inclusive máquina automática de vender bilhetes no interior da carruagem. E depois, há a maioria constituida por equipamentos com 25/30 anos, remodelados por dentro mas com um conforto mediano. Em cada paragem existe uma tabela actualizada com os horários de cada tram, que são consideravelmente fiáveis. Tal como na maior parte dos países, é normal ver três trams seguidos com igual destino final, como depois estar uns 15minutos até que passe só um (exasperante).

Opção 4 – Autocarro: Muitas vezes mais aconchegados que os trams, logo sempre que há opção entre os dois, ganha o tram. Claro está que a rede de autocarros é bem mais extensa. O passe de autocarro e tram para um mês custa Eurios 25.
Opção 5 – Automóvel: Com gasolina a mais de Euro 1, uma taxa de roubos de automóvel acima da média europeia e um estilo de condução dos terceiros a exigir habituação, não constitui uma alternativa inteligente para quem viva no centro de Cracóvia.
Conclusão: Vencedoras ex-aequo foram a opção 1 e 3.
domingo, setembro 24, 2006
Nowa Huta
Saindo do tram, na Plac Centralny, choque imediato. Uma praça onde convergem três grandes avenidas, com um pequeno jardim muito bem tratado, e grupos de idosos sentados a aproveitar um soalheiro dia. Nem vou referir como ficaram os meus níveis de adrenalina ao ver isto.
Para ser conciso, trata-se de uma cidade construida a partir do zero durante os anos do comunismo, e que traduz a aplicação do realismo socialista no urbanismo.

Se por um lado gosto das linhas rectas, da simetria das ruas e da disposição dos prédios, não me agrada que as únicas variações nas cores das fachadas dos prédios ande em torno do cinzento. Isto sem falar do facto de os prédios parecerem (e se calhar são) todos iguais. Mas pelo menos no Verão este cinzentismo é colmatado pelos inúmeros espaços verdes existentes. De certeza que não é a zona mais bonita de Cracóvia para viver, mas também já vi bem mais feias em Lisboa (não vou mencionar áreas, mas quem conhece sabe do que falo).
sábado, setembro 23, 2006
quarta-feira, setembro 20, 2006
É uma casa polaca concerteza
domingo, setembro 17, 2006
quinta-feira, setembro 14, 2006
Post de agradecimento
Agradecimentos também aos prezados e sequiosos leitores, principalmente aqueles que fazem comentários às minhas bacoradas. É sempre agradável receber feedback das nossas opiniões, mesmo que não conheça quem o faz.
Dziekuje bardzo (muito obrigado).
terça-feira, setembro 12, 2006
Estereótipo do Homem Polacowski
a) ter cabelo rapado a pente zero;
b) ter cara de puto, e ser evidentemente imberbe (Bill Gates style);
c) se trabalhar num escritório, usa amiúde camisas e gravatas de cores mais arrojadas (p.ex verde ou violeta);
d) se não necessitar de andar de fato, t-shirt bem justinha (coleante quase) para se notar bem os músculos;
e) em ambiente informal de amigos, terminar cada frase com a interjeição "kurwa";
f) e ,last but not the least, ser possuidor de no mínimo 3 pares de sapatos que à frente terminem em bico (ver foto).
sábado, setembro 09, 2006
Se o Tallon viesse para a Polónia...
Não se espere que todas as polacas tenham o corpão da menina da Galp, mas é nítido que as raparigas são bem mais magras comparativamente a alguns países ocidentais (Portugal inclusive). E não há cá balelas do tipo: "ah, deve ser dos genes" ou "a alimentação delas é mais equilibrada". 95% da explicação para este gostoso facto reside na quantidade diminuta de calorias ingerida: um pequeno almoço normal para nós portugueses, um parco almoço de 20 minutos e na maioria das vezes o jantar não é uma refeiçao quente mas sim um lanche tardio.
Assim não admira que em termos médios, e usando terminologia médica, as polacas sejam boas como o milho.
quarta-feira, setembro 06, 2006
Bebes
Não há muito a dizer acerca da miríade de bebidas disponíveis num país do centro da Europa e onde os Invernos são rigorosos. Se nós portugueses sabemos fazer bom vinho, esta rapaziada capricha na cerveja e principalmente no vodka (em polaco escreve-se vódka e lê-se vudka).
Quanto a vodkas, bem, dois dos suspeitos do costume dão pelo nome de Wyborowa e Zubrowka. O segundo deles tem a particularidade de ter uma erva dentro da garrafa, o que dá um aroma curioso à bebida, fazendo-se normalmente acompanhar nos copos por sumo de maçã. Qualidade francamente superior à maioria dos vodkas que andam por Portugal, com um preço de Euro 6/7 por meia litrada. Gosto.

domingo, agosto 27, 2006
Ponto (que devia ter sido) prévio #2 - Que raio de nome é este de Geraldo?
Já por várias vezes fui abordado acerca da origem do pseudónimo com o qual assino. Confesso que não é surpresa que apenas uma escassa minoria reconheça este nome. Assim sendo, e qual José Hermano Saraiva, aqui vai uma pequena biografia sobre este ilustre português, e espero que sejam óbvias as razões pelas quais acho que à minha dimensão, me identifico com este senhor.
"Geraldo Geraldes, personagem lendário na História de Portugal à época das lutas da Reconquista, posteriormente ficou conhecido pela alcunha de Geraldo Sem Pavor.
Personagem representativo do período de formação das fronteiras de Portugal, acredita-se que fosse um nobre de trato difícil, pelo que muito cedo abandonou o norte de Portugal para tentar a sorte no sul do país, nas lutas contra os Mouros. Nessa qualidade, liderou como um caudilho um bando de salteadores e aventureiros. Aquando da conquista da região do Alentejo por D. Afonso Henriques, Geraldo Sem Pavor ofereceu-se como voluntário para tomar a cidade de Évora, bem como outras localidades vizinhas. Utilizando como base de operações o castro hoje conhecido como Castelo do Geraldo em Valverde e do qual existem algumas ruínas, introduziu-se nos muros da cidade, executando o governador mouro e entregando a praça ao soberano.
De personalidade imprevisível, foi um dos principais entusiastas da tomada de Badajoz, campanha que, em 1169, viria a se revelar um desastre para as forças de D. Afonso Henriques em geral, e para as do próprio Geraldo em particular, que acabou por perder todas as suas terras excepto as do Castelo de Juromenha.
Afirma a tradição que o espírito aventureiro deste nobre o levou a Ceuta, no Norte d'África, em missão de espionagem a serviço secreto de D. Afonso Henriques, que lhe havia recomendado a tomada daquela praça. Quando a verdadeira finalidade da operação foi descoberta, Geraldo morreu à mãos dos almóadas."
Ponto (que devia ter sido) prévio #1 - Etimologia do nome do blog
relativo ou pertencente a Deus;
sublime;
sobrenatural;
perfeito;
maravilhoso;
as coisas sagradas.
quarta-feira, agosto 23, 2006
Comes

sábado, agosto 19, 2006
Cracóvia também vai a banhos - Opções B e C
quinta-feira, agosto 17, 2006
Religião

Kościół Mariacki
quarta-feira, agosto 16, 2006
Polacas gostam de sol..
terça-feira, agosto 15, 2006
As escolhas do professor
Meus amigos, para abrir este capítulo de crítica literária, trago aqui o primeiro livro que li sobre a Polónia concretamente. "A question of honor" - Lynne Olson e Stanley Cloud, gira em torno dos acontecimentos de um esquadrão de pilotos aviadores polacos que durante a II Guerra Mundial conseguem fugir da Polónia para ajudar as forças aliadas na recuperação que eles julgavam rápida do seu país. Narra todavia muito mais do que os factos heroicos deste grupo de homens, dando uma perspectiva não tão conhecida do público em geral sobre o comportamento dos países aliados e a sua relação com Estaline. Com passagens por vezes, a meu ver, demasiado laudatórias não deixa mesmo assim de ser rigoroso. 400 páginas de história, bem escritas, e que merecem ser lidas (em inglês). Muito bom!
sábado, agosto 12, 2006
Parque Automóvel
Se há coisas pelas quais sou fanático, uma delas são os carros. Por isso, era inevitável que perdesse algum tempo a falar das bombas que há aqui na Polónia.
Bom, regra geral vê-se o mesmo tipo de carros que andam em Portugal, naturalmente com maior predominância para os carros baixo de gama (Fiat Cinquecento, Renault Clio, etc..). Contrariamente à ideia tacanha que tinha, não se vê muita sucata russa - Lada - a circular (aliás, bem poucos eu vejo).
Mas, sendo um país com uma dimensão já grandita, é normal que existam carros específicos só daqui. Há dois que se destacam: Polonez Caro e Fiat 126 - 650.
O primeiro, como se pode constatar pela foto abaixo, tem umas linhas no mínimo feias, uma robustez apercebida fraca, e segundo sei, apesar do motor de 1600 cc tem a agilidade de um rinoceronte. Bom, ao menos tem espaço para ser um carro familiar para a classe média-baixa polaca.
No segundo caso, a situação muda de figura. Ao olhar, imediatamente nos apaixonamos pelas formas simples e compactas, como só os construtores italianos conseguem fazer. Este menino, é sem sombra de dúvida o carro mais vendido na Polónia (doo um dos meus rins à ciência se isto for mentira), tendo sido produzido desde 1973 até 2000. Basicamente trata-se de um dois cilindros refrigerados a ar, cilindrada de 652cm3, montado na traseira. Simples, barato, e fiável.
Eu não sou nem pouco mais ou menos apreciador de Fiat's, mas ouvir um motor destes a trabalhar é sempre um encanto. E se a potência não abunda, os 600kg de peso ajudam à genica necessária para dominar o trânsito citadino. Mesmo em 2006, este é o carro que se vê mais nas ruas da Polónia. E por mim, já me decidi, quando tiver necessidade de comprar um carro, um Fiat 126 branco está na lista de preferências.
quarta-feira, agosto 09, 2006
Regras de etiqueta na Polónia
Cumprimentar gajos: aperto de mão mediano, cabeça bem levantada para não nos sentirmos tão baixos, e está o assunto arrumado.
Cumprimentar gajas: aqui, elas só "autorizam" cumprimentos com beijinhos às pessoas mais próximas. Mesmo que estejam com alguém que vos está a apresentar uma sua amiga, o melhor é estender a mãozita, para um "passa-bem" chocho. Se forem todos lampeiros para os tradicionais dois beijinhos da praxe tuga (exceptuando o enclave de Cascais onde, noblesse oblige, é só um), arriscam-se com grande probabilidade a serem presenteados com o, e vou usar a expressão inglesa, pull-back. Digo já que isso é algo que não se quer, pois nos segundos seguintes uma pessoa questiona-se rapidamente se de facto tomou banho, se cheira mal dos dentes, se aquela verruga enorme na testa é assim tão feia....Por fim, percebemos que elas, as polacas, afinal são meras raparigas tímidas no primeiro contacto. Mas perguntam-se vocês e com razão:mas as gajas aí não usam todas mini-saias pouco maiores que um cinto? Pois usam, daí a incongruência de chamar-lhes pessoas tímidas. Ai, ai, ai, estas contradições matam-me.
Pior! Depois quando é para os amigos, não dão uma nem duas, mas sim três beijocas. Que exagero raios.
segunda-feira, agosto 07, 2006
Cracóvia também vai a banhos - Opção A
A entrada promete logo diversão garantida: uma vedação de arame ostensivamente cortada, e com um simpático aviso de proibido nadar.
Passada a vedação, ao menos deparamo-nos com uma vista engraçada:
Portantos, e passando a explicar, esta malta usa uma antiga pedreira para ir a banhos. Mas verdade seja dita, é uma ex-pedreira de categoria. A água é bastante limpa, consta que a temperatura da água também é agradável e tem inclusive uma escola de mergulho (visivel no lado esquerdo da foto). Ok, tem um pequeno inconveniente de nem sempre o acesso à água ser o mais fácil. Se bem que em Cancun, um saltito desta altura para a água seria uma brincadeira de crianças, mas com grande pena minha não vi nada disso aqui. Que grandes mariconços sairam estes polacos.
domingo, agosto 06, 2006
Animação de rua em Cracóvia
terça-feira, agosto 01, 2006
Custos

Acho que ainda é comum pensar-se que neste país os produtos são ao preço da uva mijona. Falso, principalmente na capital, Varsóvia, onde os preços são ao nível de Lisboa na maior parte dos produtos.
Mas sendo eu um licenciado em Economia por uma faculdade reconhecidamente intelectualmente estimulante, estava preparado para começar a ler working papers, ver séries temporais, comparar vários cabazes de produtos com o objectivo de chegar a uma conclusão satisfatória acerca de qual o custo de vida na Polónia...and soione and soione
Felizmente se houve algo que a faculdade não me conseguiu tirar foi o sentido prático, portanto o melhor indicador é o bom velho e fiavel Menu BigMac. Em Portugal custa € 4.10. Na Polónia Pln 11.50 ( um pouco menos de € 3). Portanto, tal como dizia um infeliz Primeiro Ministro - é fazer as contas.
segunda-feira, julho 31, 2006
Multibanco na Polónia
Mais explicações serão dadas quando estiver mais calmo, porque garanto que é aborrecido tentar levantar guito e a máquina dizer que eu sou teso (o que é falso), e isto foi uma das coisas que me lixou a noite. A outra vai ser lavar agora a porcaria da chapa de grelhar.
domingo, julho 30, 2006
Segurança nas ruas
Tirando isto, sinto-me bastante mais seguro em Cracóvia do que em Lisboa (ok, o facto de em Lisboa morar perto da Morais Soares vicia esta análise). Além disso, às 4 da manhã já é madrugada e quase não é necessária luz artificial. Assim, é perfeitamente natural e seguro circular a pé por qualquer área do centro de Carcóvia, a qualquer hora do dia e noite. Não se vêem tanto sem-abrigos, tantos desocupados ou simplesmente malta com um aspecto ranhoso como em Lisboa, necessitando uma pessoa de se preocupar exclusiamente em encontrar o caminho para casa após noite de copos.
Como chegar à Polónia
sexta-feira, julho 28, 2006
Choque Cultural #1
Situação 1:fila de supermercado, ligeiro olhar para trás e quase imperceptivel desvio para a direita (ou esquerda, é irrelevante o lado); se a fila avança e nós não durante 0,5 segundos, acto imediato, somos ultrapassados à grande.
Situação 2: cantina, pessoas com os tabuleiro, demora-se mais de 2 segundos a avançar, zás, alguém nos ultrapassa na fila, todo contente.
Segundo fontes polacas, esta de facto é uma situação conhecida. O seu individualismo. Agora perceber porque são assim tão individualistas é que me vai demorar mais tempo.
Por contraposição, e pelo menos nos transportes públicos, a malta é bastante educada com o pessoal mais provecto. Imediatamente se levantam para dar lugar a alguém com mais de 65 anos se homem, ou 58,6 anos se mulher. Pessoalmente quer-me parecer que é por medo de represálias no caso de não se levantarem. É que o olhar de algumas velhotas não é propriamente meiguinho. Eu, como me quero adaptar bem, e também tenho a minha dose de cobardice, mal vejo um velhote a 25m em qualquer situaçao em que esteja sentado, logo me levanto.
terça-feira, julho 25, 2006
domingo, julho 23, 2006
Wawel Castle

E porque achei que uma foto era insuficiente, aqui vai mais uma um pouco mais abaixo do castelo com vista para uma igreja que não faço ideia do nome

Palavritas básicas em polaco ( e que daí não são tão básicas de dizer)
- Dzien dobry (para dizer isto em português teria de ser escrito "Djên dóbri"): Bom dia / boa tarde
- Czesc ("chéxch") : Olá
- Do widzenia ("dô vidzénia"): Adeus
- Tak: Sim
- Nie: Não
- Przepraszam ("pchprácham": Desculpe / com licença
- Dziekuje ("djênkuié"): Obrigado
- Prosze ("proche": por favor / de nada
Além dos sorrisos que podem surgir nas mentes portuguesas pelo uso da palavra Prosze, existem outras que também são curiosas para nós, como p.ex.:
- Pan: Senhor
- Kurwa: Prostituta
- Hui ou Wui - nem sei bem como se escreve em polaco: Membro sexual masculino no vernáculo mais forte. Este som, para um polaco pode surgir quando por acaso um amigo nosso se chamar Rui, e nós não carregarmos no R ao dizer o nome. Falo por experiência própria, em que estava a chamar um amigo numa esplanada, chamei-o pelo nome, e de repente só vejo a empregada de mesa, a deitar-me um olhar de desprezo/censura e a dizer "pardon".