domingo, dezembro 16, 2007

One way ticket.....

to somewhere...... p.f.2.u.I.P.

terça-feira, novembro 20, 2007

Polónia social

Polónia, país com crescimento bestial, desemprego diminui brutalmente, centros comerciais a abrir que nem cogumelos, malta a especular em apartamentos, and soione. Mas como em tudo na vida, há sempre as pessoas menos favorecidas.
A imagem não é bem visivel, mas foca-se em duas pessoas que andam com carrinhos de mão, pelo centro da cidade (neste caso, Wrocław), para recolher basicamente lixo (cartões, plástico, etc). Claro está que para recolher lixo, é necessário procurar nos caixotes do lixo, e já por várias vezes vou a por o lixo nos contentores, e lá está uma pessoa à procura de coisas que para mim não têm valor, mas que para outros servem de meio de sobrevivência. Isto são o tipo de situações que dão sempre que pensar. Mas tal como em Portugal, também aqui, a minha acção fica pela reflexão de como ajudar estas pessoas.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Parque Automóvel III - Estacionamento em cima do passeio

Uma pessoa ao ver esta imagem pode pensar que estes tipos são uns selvagens na estrada. Sim, são, mas há explicação. Então, não é que está tudo a estacionar em cima do passeio como acontece p. ex. em Portugal. Se o passeio existe, devia ser respeitado e usado pelos peões, certo? Errado. Segundo o sinal cuja fotografia se encontra abaixo, é assim que se deve estacionar. Metade do carro em cima do passeio, a outra metade fora. Baril. Agora, duas perguntas. A primeira é o que acontece se a pessoa não estacionar o carro exactamente ao meio? O polícia poder-se-á dirigir ao condutor e perguntar “então o meu amigo não sabe que devia por o seu veículo automóvel um pouco mais em cima do passeio?”. A segunda é até que ponto isto pode ser aplicável a todos os automóveis. Imagine-se por exemplo uma Iveco Daily Grande Volume (a.k.a. carrinha branca usada pelos feirantes e grande para caraças). Se a mesma estacionar desta forma, facilmente bloqueia uma rua de sentido único como era este o caso.
Eu pessoalmente prefiro subir passeios em Portugal. Estraga mais o carro é certo, mas dá mais pica. O subir uma roda de cada vez, o patinar caso seja um passeio mais alto e o carro tenha tracção dianteira, ou mesmo a possibilidade não tão remota quanto isso de bater com o queixo do carro no passeio e lixar o cárter. Tudo coisas divertidas.

sexta-feira, novembro 02, 2007

Guia Mabor - Clubes II

Falar da noite de Cracóvia, e não mencionar o Cień (www.cienklub.com/) é um pecado e um hino à ignorância. Por isso, é chegada a altura de falar do melhor clube/discoteca de Cracóvia. Bem localizado, a 3m pé da praça central, este é o melhor sitio para sair à noite a partir da 1 da matina. A música, das 27 ou 32 vezes que lá fui, só em duas delas foi aceitável (predomina o house, mas nada de especial). As instalações são numa cave. Durante os fins de semana, há um número excessivo de gajos (estrangeiros muitos). Não raras vezes tem de se pagar para entrar, e nem sempre é líquido que se consiga entrar numa 6ª ou sábado. Até agora, nada de muito positivo.
Mas começa por ter porteiras a fazer triagem das pessoas. Malta com mau aspecto /podre de bêbada dificilmente entra. Para uma cave, consegue ter duas pistas de dança, três bares, uma zona VIP, e duas salas para relaxar/conversar/testar o material. Quanto à clientela, é a história do ovo e da galinha para saber quem chegou depois de quem. Se as polacas hiper-produzidas com pernas até ao pescoço e saias até ao umbigo à procura de patrocinadores, ou se os estrangeiros à procura de uma relação duradoura de uma noite. Pessoalmente, é um bom sítio para ir durante uma 4ª/5ª feira por volta da meia noite com o espaço a meio gás, mas livre das hordas de turistas. A principal vantagem, e única razão porque ia muitas vezes a este sítio tem a ver com o facto de ser um sítio bastante seguro. 3 ou 4 seguranças com antebraços da largura de uma cintura normal, também garantem que as pouquissimas situações que vi alguém ser expulso, sejam feitas com prontidão. Além disso, é dos poucos sítios que aguenta até para lá das 3 da manhã (o que na Polónia equivale às 6 da matina em Portugal)
Em noite excepcionais, o espaço duplica com a abertura de um primeiro andar contíguo, que basicamente é um apartamento enorme. Mas só muito raramente acontece.

quinta-feira, novembro 01, 2007

bbbbrrrrRRRRUUUUMMMmmmnnnn

Depois de 8 anos a viver em Lisboa, houve várias coisas a que me habituei. E uma delas foi a ter como vizinho, fiel mas algo barulhento, o ruido de um qualquer Airbus ou Boeing a fazer a aproximação à pista de aterragem sobre toda a cidade. E não é que agora em Poznań volto a ter esse bonito espectáculo. Isto porque por aqui o aeroporto está mais ou menos à mesma distância do centro da cidade como a Portela.
E muito sinceramente, por aqui ainda não me apercebi de uma enorme discussão em mudar o aeroporto regional por questões de segurança como em países mais atrasados. Claro está que também aqui, o sítio onde está o aeroporto tem espaço para uma belíssima e grande urbanização dentro dos limites da cidade. Mas pelo que percebo, na zona de Poznań existem muitos pequenos lagos, pelo que a mudarem o aeroporto, provavelmente teriam de fazer aterros, desvios de cursos de água, fundações especiais (ou seja, tudo factores que num país normal, essa localização deixasse de imediato de ser considerada).

quarta-feira, outubro 31, 2007

Bebes tugas II

Se comprar vinho português no estrangeiro é algo que sai sempre caro, hoje tive a prova do contrário. Um rosé a €2,5, um alentejano a €2,5 e um Porto a €5. Claro que há pequenos detalhes que me deixam apreensivo quanto aos produtos que adquiri em termos de qualidade. Para começar, o Rosé tem um nome que não me diz nada. O alentejano, idem idem, aspas aspas. Já o Porto, fornece um pouco mais de informação, mas nem tanto de segurança. A seguir às palavras Porto e Tawny, o que surge em letras maiores é o simbolo do Pingo Doce. É uma boa marca, mas francamente, ter numa garrafa de Porto o nome de um Supermercado dá para ficar de pé atrás. Mas tendo em conta o sítio onde comprei as garrafas, está de acordo com o que um cliente-alvo da Biedronka procura.

terça-feira, outubro 30, 2007

E assim acontece em Poznan - cabras

Já lá vai quase um mês a viver em Poznan, e ainda não tinha falado da maior atracção turística do burgo, aquilo que toda a gente que visita a cidade ouve ou ouviu. As cabras. E afinal o que são as cabras? Bem, a historieta essa não a vou contar, também não interessa muito. A realidade é que todos os dias, ao meio dia, um relógio na praça central activa um mecanismo em que saiem duas cabras de madeira, que ao jeito de cucos, dão marradas uma na outra, 12 vezes. Eu, como fui obrigado, tive de assistir a esta parolice. Que uma pessoa que esteja a passar por ali, e por acaso seja meio dia, admito que seja razoável parar uns momentos para observar. Agora, fazer daquilo uma quase atracção turística, oh meus amigos. Ao menos em Cracóvia, trabalhava-se a sério. De hora a hora, todos os dias, lá ia um desgraçado tocar um clarim numa torre de uma igreja. Agora aqui, é um mecanismo automático, e as cabras nem um pio (salvo seja) dão. Não admira pois que Cracóvia atraia muitas mais pessoas em termos de turismo, e francamente, não é com relógios com cabras que se atrai multidões. Mesmo assim, ainda há labregos (eu incluido) que perdem tempo, dão cabo do pescoço, e fotografam este evento fenomenal.

terça-feira, outubro 16, 2007

E vão três....apartamentos na Polónia

Para que não se pense que o blog morreu, espero conseguir voltar a escrever ao ritmo que vinha escrevendo até aqui. Este interregno deveu-se sobretudo a uma mudança de cidade (agora Poznań - que para os ignorantes em geografia polaca fica a meio caminho entre Varsóvia e Berlim, ou entre Moscovo e Paris). Portanto, isto traduziu-se em procurar de novo palheiro onde me abrigar. Para descontentamento meu, verifico que os preços por aqui tão taco a taco com Cracóvia. Depois de pesquisas em www.gratka.pl/dom, www.szybko.pl, http://oferty.gazetadom.pl/oferty, não consegui encontrar o que procurava. A saber, uma casa decente, cujo anúncio fosse por parte de um particular. Assim sendo, e porque tinha bastante urgência, fui vítima do roubo legal das agências imobiliárias. Tive de pagar um mês de renda a uma agência, para alugar o apartamento que me pareceu interessante (e sim, o dono do apartamento, também paga à agência, mamando a mesma dos dois lados - CHULOS).
Referência final ao facto de por uma casa cujo preço suplanta em larga escala o salário mínimo nacional polaco, eu não ter direito a uma porra de uma cama (tenho sim um bem muito mais essencial como é a máquina de lavar louça). E quando tive a audácia de perguntar ao dono: "atão, não se consegue orientar para aqui uma caminha?", a resposta de espanto que tive foi algo de "cama? então tens ai dois sofás". Pois, então no dicionário português-polaco, cama deve vir traduzida como sofá-cama. Que me*#a do camandro.

quinta-feira, outubro 04, 2007

Ponto de situacao

Depois de uma oferta de trabalho para a Polonia, fui ate Portugal carregar baterias para enfrentar o novo desafio que tenho pela frente. Mas nem tudo em Portugal me agradou. Antes pelo contrario. Este e pois um post off-topic, e prometo que nao se vai repetir muito. Mas vamos la a vaca fria.
Coisas que nao tao bem em Portugal: eleicoes do PSD com um debate baseado em quem pode votar para as eleicoes; a Floribela ainda da na TV (e acho que ela tambem pos hiper-super-giro silicone para ficar mais crescidita; ainda na Floribela, o Unas participa naquilo; fiquei com a sensacao que o Manuel Luis Gouxa afinal e um machao equiparavel ao grande Zeze (isto quando o comparo com especimes como o Claudio Ramos ou Nuno Eiro). Por ultimo, o pais continua num marasmo economico-social de chorar como uma Madalena.
Coisas positivas: o Joao Pedro Pais e a Mafalda Veiga andam a dar concertos juntos, o que e bom, porque ao menos nao sao dois maus cantores em dois concertos distintos.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Parque Automóvel III - Táxis



Regra de ouro que me disseram é: "epá, coiso e tal, quando precisares de um táxi, não apanhes um ao acaso na rua, mas telefona para uma central antes." Curioso, porque eu que pensava que para apanhar um táxi numa zona central bastava acenar na rua, e um que estivesse livre pararia. Mas pronto, para evitar barretes dos grandes, todos os polacos têm o número de redes de taxis no seu telemóvel.
Quanto ao taxistas em si mesmo, e como sou estrangeiro vou caladinho que nem um rato, para diminuir a probabilidade de ser endrominado, se bem que já por uma vez um me perguntou qual o melhor caminho para ir (ainda para mais numa cidade que não é a em que vivo). Valeu que sabia naquele caso onde era, pois se não soubesse, já imaginava uma voltinha grande em Varsóvia. O estilo de condução, bom, é razoável, havendo no entanto tansos com T grande a conduzir. Da última vez, apanhei um que errou um desvio na auto-estrada e dirigiu-se para uma saida, corrigindo isso mesmo em cima pisando todo o tipo de linhas possíveis numa estrada. 1 km mais à frente vez inversão de marcha devido a trânsito parado (ainda na auto-estrada em obras,com uma faixa para cada lado separada por cones). Mas a cereja do bolo era foi ir com o carro a 80km e fazer uma saida de AE sem mudança engatada e a chover bemzinho, mas era algo normal, pois sempre que podia lá ia o carro a 80 ou 90km em ponto morto. Não admira que a embraiagem já tivesse entregue a alma ao criador.
Os bólides em si, podemos ver mais variedade que em Portugal. Naturalmente, que os Mercedes são a escolha mais vista para os mais recentes e de qualidade. Mas, depois há toda uma míriade de outras coisas a gasolina, muitas delas importadas em 53ª mão de não sei que país (p. ex. audi 100 2.8, opel omega 3.0 V6, bmw 735i ou o meu favorito até agora, um bmw M5 de 1985).

quarta-feira, setembro 19, 2007

As escolhas do professor X

Espaço agora para a imprensa. Como se pode ver pelo título, uma revista destinada aos assuntos deste país. Escrita em inglês, naturalmente tem como público-alvo a estrangeirada que por aqui vive e trabalha. De periocidade mensal, cerca de 50/60 pág. e com um custo de quase € 4, não é propriamente barata. O seu enfoque vai naturalmente para a área financeira e de negócios (mercados financeiros, mercado de trabalho, imobiliário, por ex.), com algumas páginas também destinadas à política interna. Não sendo leitor assíduo, é uma boa forma para ter umas luzes do que se vai passando por aqui para quem não saiba nada de polaco. Palavra apenas para a assinatura da revista: se for para a Polónia, custa € 25, se for para a Europa € 100. Deve ser enviada pelo correio embrulhada em ouro...http://www.polandmonthly.pl/.

sexta-feira, setembro 14, 2007

Viagens na terra de outros - Lublin

Quando me falam em Lublin, imediatamente me vem à ideia o facto de esta ter uma parceria com Viseu, como se pode ver pela foto. Agora, felizmente para a Polónia, a obsessão por rotundas ainda não chegou aqui. Situada no Leste da Polónia, Lublin é bastante conhecida pelas suas Universidades, nomeadamente Universidade Católica de Lublin cuja reputação é apreciável. Além disso, foi nesta cidade que surgiu o primeiro Instituto Camões na Polónia.
Sendo a maior cidade do leste, é significativamente mais pequena que Cracóvia (talvez tenha uns 350000 - 400000 hab). E dada a sua localização geográfica, também não é de estranhar que seja um pouco mais pobre. O centro histórico por exemplo encontra-se ainda algo degradado, mas nota-se um esforço de rehabilitação em curso. Com uma história de população judia bastante forte, pelo menos a cidade foi poupada a destruição durante a II Guerra Mundial, todavia durante os anos do comunismo, parece que o abandono foi palavra de ordem. Uma cidade interessante e bonita para visitar, mas que ainda está um pouco fora de mão para os turistas. De Cracóvia para Lublin (que em linha recta dista +- 300km, demorei 6 horinhas de comboio).
Nota: Foi aqui que também vi pela primeira vez trolei-bus, ou seja, autocarros que funcionam com aquela estrutura dos eléctricos no tejadinho. Curioso.

quarta-feira, setembro 12, 2007

Hábitos de comida

Abordando mais uma vez o tema da comida, uma análise a um dia normal de um polaco. Pequeno-almoço de pão, queijo e fiambre às 8 da matina. O almoço tanto pode ser às 12h ou após sair do trabalho às 16h, composto de uma sopita das deles e um pratito de panadinhos com batatinhas e saladinha. Jantar, bem, muitas das vezes não há propriamente um jantar na interpretação tuga. Há sim, umas sandochas comidas antes das 19h. A partir daí, tragam a jola, sff, que já não se come mais nada. Ou seja, há só uma refeição quente por dia. Escusado será dizer que um português normal não se habitua a este ritmo facilmente.

terça-feira, setembro 11, 2007

Portugal-Polónia o rescaldo

Muito e muito obrigado aos jogadores da selecção por este sólido empate contra esse portento do futebol que é a Polónia. É preciso um tipo ter azar. Emigro para um país que jogou contra Portugal em futebol, e não consegui celebrar nenhuma vitória.
Como não estava em Cracóvia no dia do jogo, tive de o ir ver num restaurante/café de uma outra cidade. Ao contrário de Portugal, não havia muitos bares/restaurantes onde pudesse ver a bola, havendo alguns que tinham TV, mas estavam a passar música (duh!). Estranho, porque estava no centro de uma das maiores cidades da Polónia.
Não porque tenha vergonha do meu país, mas para manter low-profile, nada de t-shirt da selecção e durante o jogo estive o mais caladinho possível. Mas julgo que o facto de não celebrar os golos da Polónia terá denunciado o facto de não ser polaco. Resta-me ao menos uma coisa positiva disto, um comentário de um dos senhores que estava ao meu lado: "Como é que eles conseguem correr tanto?". Desta vez até correram, mas pelos vistos não chegou.

segunda-feira, setembro 10, 2007

Arquipolacadas - II

Existem vários pormenores que se notam nos edifícios por esta terra fora. Um deles é a maneira como são assinalados os números das portas nas zonas mais antigas. Têm uma espécie da lanternazita, onde está escrito o número da rua bem como o nome. Além disso, existem as placas, em que ainda adicionam o bairro da cidade.
Outra das coisas, é como em muitos edifícios, existe na parede exterior uma placa indicando onde estão localizados canos do gás, e se não me engano, isto deve dar jeito no inverno quando existe bués de neve.

terça-feira, setembro 04, 2007

Papel Higienicu

Nem tinha reparado muito neste facto, mas uma compatriota alertou-me para o facto de ainda ser possível comprar na Polónia papel-higiénico à unidade. Confesso que ainda não vi isto noutro país da Europa, e que se calhar este devia ser um indicador de desenvolvimento tido em consideração nas estatísticas económicas. Claro está que se vende os tradicionais 4-pack, 6-pack e afins, mas em alguns supermercados, lá estão os rolos solitários para aquelas pessoas que têm um salário de merda, e que para poupar uns trocos, vão comprando este item à unidade. Além do mais, e julgo que pela foto não é muito perceptível, a qualidade do mesmo não é grande coisa. Cor acinzentada, grosseiro e quiçá áspero. Auch.

quarta-feira, agosto 29, 2007

História da Polónia às três pancadas - X

Se há coisas de que os polacos se orgulham, é dos seus exércitos. Mas como em tudo na vida, os recursos são escassos. Por final do século XVII, a Polónia tinha várias frentes nas quais lutar, surgindo ainda um inoportuno ataque por parte dos Turcos, esses malandros. E se os polacos conseguiram dar um enxoval de porrada a esses tipos em 1673, e ainda por cima repetir a dose sobre os mesmos em Viena, pagaram esse esforço com juros pesados. Dado os esforços de guerra, os efectivos sofreram uma significativa diminuição. E não foi também possível manter territórios, que foram por exemplo para a Rússia (caso da Ucrânia) ou para a Prússia que pretendia tirar da Polónia o acesso ao mar báltico.
E no século seguinte inicia-se uma cada vez maior influência por parte da Rússia, e os reis polacos passaram a responder cada vez mais a imperadores como Pedro, o Grande. Acontecimento importante foi uma sessão do parlamento polaco que ficou conhecida por "Parlamento Silencioso" de 1717 (Silent Sejm, in English), que entre outras coisas limitou que o exército polaco-lituano a 24000. Desastre avistava-se.

terça-feira, agosto 28, 2007

Desportos da malta - Speedway

Pista oval, de terra, e um conjunto de motos a fazer um cagaçal desgraçado mandando terra para os lados enquanto andam de lado. Este é o conceito de corridas de Speedway. Pela Polónia, este é um desporto com alguma popularidade. Francamente, só assiti uma vez ao vivo a corridas destas, e apesar de gostar de coisas com motores, ovais sempre me aborreceram. Tem por vezes uns acidentes engraçados todavia.

sexta-feira, agosto 24, 2007

Guia Mabor - Cafés/Bares II

Depois de um jantareco, e se o tempo não estiver de feição para ir para uma esplanada, um bom sítio para beber um café/bejeca/cocktail é sem dúvida o Paparazzi (http://www.paparazzi.com.pl/eng/index.php). Trata-se de uma (ainda) pequena cadeia de cafés/bares que está presente em algumas das principais cidades polacas, e lembra-me bastante o conceito da extinta cadeia tuga Cup&Cino. Se bem que este aqui na Polónia tem um target um pouco mais elevado, e as empregadas jeitosas já não são brasileiras, mas sim polacas. Sossegado, bem frequentado e com pinta, é um sítio que vale a pena uma espreitadela.

quarta-feira, agosto 22, 2007

Política polaca

Como é do conhecimento geral, o Governo Polaco tem dado que falar nos meios internacionais nestes últimos dois anos. Dado que ainda tenho pouco conhecimento de causa, não tenho falado muito sobre isso no blog. Deixo todavia um link - em inglês - para quem queira ler um pouco mais da actividade política deste período ( http://www.wbj.pl/?command=article&id=38423&type=wbj ).
Decidi escrivinhar só umas palavritas agora, porque lá para Outubro devem haver eleições antecipadas, pois a coligação governamental foi para o brejo. E nem mesmo o facto do Presidente da República ser irmão gémeo do Primeiro-Ministro vai ajudar. Muito provavelmente, só "desajuda". Além desta particularidade de irmãos gémeos (que são chamados de patos) mandarem num país de 40 milhões de pessoas, há outro pormenor delicioso que só pode antecipar divertimento: o nome dos partidos. O partido dos gémeos chama-se Lei e Justiça (PiS) e é de uma direita conservadorazinha. Os comparsas da antiga coligação eram um hiper-populista partido Auto-Defesa (SO) e um hilariante Liga das Famílias Polacas, cujo líder beatíssimo transmite aquelas ideias bem conversadoras e intolerantes que são a risada por essa Europa fora. Os principais partidos da oposição, já têm nomes mais normais: Plataforma Cívica (PO) de centro-esquerda por exemplo.

terça-feira, agosto 21, 2007

Procurar trabalho na Polónia

Uma das primeiras coisas que um polaco pergunta sempre, é porque escolhi a Polónia para viver/trabalhar. E mais estranho é ainda quando digo que gostaria de ficar por cá mais uns tempos. Isto porque, desde a entrada da Polónia na União Europeia tem-se assistido a uma sangria de jovens trabalhadores para o estrangeiro, principalmente porque os salários por estas bandas são baixos, e não lhes dão para garantir uma vida consumista aos padrões da europa ocidental.
Todavia, muitos dos tugas que aqui estão têm salários bem acima da média da Polónia, e isso garante um bom nível de vida, ou na gíria, "bolas, com esse salário aí és Rei". Pessoalmente, desde há demasiados meses procuro um outro trabalho na Polónia, mas convenhamos que apesar de o país estar a crescer bastante, não é muito fácil um português encontrar trabalho aqui. Mas o sacríficio e a esperança poderão valer a pena, pois caso se encontre um trabalho desafiante num país destes, isso normalmente significa responsabilidades muito maiores face ao que se teria em Portugal e um mais rápido desenvolvimento profissional.
Mas primeiro há que evitar os trabalhos mal pagos (tipo € 500/600 líquidos mês) e estupidificantes, mas que basicamente é bem bom para um jovem polaco. Depois é preciso mandar para os sítios certos, vulgo empresas portuguesas, que serão o mercado-alvo a atacar. E se o AICEP da Polónia dá uma ajuda preciosa ao fornecer na sua página (http://www.ambasadaportugalii.pl/ic.html ) links para as empresas que estão por aqui, em 99% dos casos acaba-se por não se conseguir enviar o CV para a pessoa mais indicada. Quanto a sítios polacos onde procurar trabalho, dou o exemplo de dois portais: http://www.pracuj.pl/, http://www.jobpilot.pl/. Claro que já andam por cá uma http://www.michaelpage.pl/ ou uma http://www.hays.pl/. Como nota final, apesar de cada vez mais os polacos falarem inglês (muitas das vezes não muito bom), dá sempre jeito saber alguma coisa de polaco para trabalhar por aqui.

sexta-feira, agosto 17, 2007

Fumar na Polónia

Pelo que pude aperceber-me, na Polónia existem mais pessoas a fumar que em Portugal, e em termos de cigarros diários o número é quase idêntico. Ou então não, isto porque este é um assunto que me aborrece. Existem no entanto algumas diferenças bem notórias entre os dois países, a saber: o preço na Polónia é cerca de 1/3 inferior; existem muito mais marcas disponíveis e as mulheres têm aqui um gosto especial por um tipo de cigarros mais finos, mais compridos e mais caros (que em Portugal têm um público-alvo bem específico e mais restrito).
Mas a diferença maior reside no nível de civismo que por aqui se observa. Não só se vê mais pessoas à porta de edifícios a fumar, como em locais públicos (tipo restaurantes/cafés/discotecas), a fumarada é bem menor que em Portugal, mesmo quando muito dos sítios são caves. Aliás, já vi que em algumas discotecas nem é permitido estar na pista de dança de cigarro acesso sendo os prevaricadores alertados quer por seguranças quer por outros frequentadores. Aprovado! Assim sendo, apesar de continuar a ser incomodado e muito por actos egoístas de fumadores, sou-o em menor nível do que em Portugal.

terça-feira, agosto 14, 2007

As escolhas do professor IX

Para qualquer língua, quando se está a iniciar a aprendizagem da leitura, quer-me parecer que as melhores opções para começar passam por BD. Como ainda hoje gosto de livros em que patos andam semi-nus, este foi o primeiro livro em polaco que comprei: Poza Swiatem 9. Alguns poderão dizer que 254 pág. logo para começar é algo de ambicioso, mas não. Deu para fazer algo engraçado: ler uma história mais ou menos de mês a mês, e assim fui vendo como evoluia o polaco. Além do mais, os diálogos nestes livros são normalmente os mais usados em linguagem do dia a dia, isto se excluir-mos os nomes das invenções do Professor Pardal, por exemplo.

sexta-feira, julho 27, 2007

Momentos em família

Um pai a mostrar ao filho como funciona uma metralhadora. Que bonito. E tive pena de não ter conseguido tirar uma foto momentos antes, quando o petiz tão enternecido tinha uma metralhadora do exército nos seus braços. Desgraçados dos meus familiares, que tendo 2 caçadeiras em casa, nunca me deixaram mexer nas mesmas enquanto era criança. Devia ter crescido na Polónia, onde as crianças têm mais oportunidades, e mesmo uma melhor educação.

quinta-feira, julho 26, 2007

Arquipolacadas

Não é que o centro de Cracóvia seja exactamente como o de Praga, p.ex., onde mesmo quase todos os prédios têm as fachadas impecavelmente conservadas, e segundo sei, os proprietários na República Checa até recebem apoios para as pintar. Mas o que é verdade, é que cada vez mais fachadas vão ganhando novas cores. No centro histórico o problema julgo que nem tenha sido tanto a poluição vinda dos automóveis, mas sim, oriunda dos complexos indústriais na periferia de Cracóvia. A coisa boa, é que por aqui estes tipos de prédios não têm tanta pedra como em Portugal (que é mais difícil de limpar, logo mais caro). Cada vez que me lembro por exemplo do número de prédios na Av. da Liberdade que estão completamente encardidos de sujidade, até me apetece chorar.
Nas fotos, pode-se ver dois exemplos de prédios bem característicos, e que por acaso estavam na mesma esquina. Um pintado de fresco e o outro já não vê tinta à séculos. Prédios de dois/três andares, com fachadas largas, tectos altos e sempre com cave. E as áreas deste tipo de apartamentos, são normalmente bem generosas (p.ex., salas de 40m2). Casas de ricos nesta zona, claro está (ou pelo menos foram).

segunda-feira, julho 23, 2007

Sandaliu

Assírios, Egípcios, Gregos, Romanos são só alguns exemplos de povos que nos tempos antigos usavam sandálias como calçado. Devido a climas quentes, é um tipo de calçado que permite deixar a maior parte do pé EXPOSTA para uma maior circulação de ar, e evitar a transpiração que traz associada o famoso chulé.
Por isso, não sei se é porque a Polónia nunca foi convenientemente ocupada por uma destas civilizações fans da sandália como Portugal foi, mas a verdade é que por aqui eles decidem inventar. Quer dizer, a maior parte dos homens, justiça seja feita às fêmeas. De acordo com a foto abaixo, pode-se ver como entre a sandália e o pé, é colocado um acessório (vulgarmente conhecido como meia) que não raras vezes é de cor branca (!). Porquê? Não sei. É esquisito? Não tenho nenhuma dúvida em relação a isso. Confortável? Duvido. Mais uma para o saco do choque cultural.

sexta-feira, julho 20, 2007

História da Polónia às três pancadas - IX

Continuando a falar do período da República dos Nobres, no início do séc. XVII começou a marcar-se o declínio da Polónia. No campo religioso, a intolerância começou a aumentar com a maior aproximação a Roma. Entre outras coisas, os ortodoxos da Ucrânia não gostaram muito disto e começaram-se cada vez a aproximar mais de Moscovo.
Além disso, durante cerca de 60 anos a Polónia foi liderada por membros católicos da Dinastia Waza (oriunda da Suécia). Os suecos (protestantes que eram) também não gostaram muito da brincadeira. Para compor o ramalhete, o Ducado da Prússia iniciou uma campanha de expansão territorial na zona do Báltico.
Definido nos livros de história como um dos reis mais "ovelha negra" da Polónia, o reinado de Jan Kazimierz (1648-68) teve acontecimentos desastrosos: revolta dos Cossacos na Ucrânia, uma invasão vinda do Norte por parte da Suécia, ataques vindos da Prússia, assim como invasões ainda de Muscovitas, Tártaros e rapaziada da Transilvânia. O país ficou de pantanas e pelo menos 1/4 da população foi-se. Facto marcante desta altura foi o início do uso do Liberum Veto (em 1652), em que um único voto do Parlamento Polaco (Sejm) era suficiente para encalacrar a acção governativa pois não havia unanimidade. Com tamanho poder de veto, a nobralhada começou a abusar deste instrumento e assim começou a grande Polónia a ir pelo brejo.

terça-feira, julho 17, 2007

Espaço para a publicidade - V

Onde é que já vi algo parecido com este anúncio? Bom, salvo as diferenças nas percentagens. E na língua. E realmente este não é o Jorge Gabriel.

domingo, julho 15, 2007

Tristeza portuguesa

A Polónia é um país no qual nasceram bastantes pessoas que já ganharam o prémio Nobel. A saber: Nobel da Paz - 3 ; Nobel da Física - 3; Nobel da Química - 2; Nobel da Literatura -5 ;Nobel da Medicina - 1. E os polacos orgulham-se disso com toda a razão.
E Portugal o que tem até ao momento? Temos o Egas Moniz, cujas descobertas no campo da neurocirurgia e mais concretamente na Lobotomia, lhe valeram o prémio. E depois, há um ignóbil que vive numa ilha ventosa e que vai ainda escrevendo uns livros, que tem um prémio da Literatura do qual não me orgulho nada. É que cá para mim, o seu cérebro, tal como o de alguns portugueses que partilham de ideias comuns às que este néscio expressou no Diário de Notícias de 15.07.2007, poderá ter sido submetido a uma lobotomia. Só assim se explica que frases como "Acabaremos por integrar-nos" (em Espanha) possam sair da boca de um português. Ou então é do calor.
Se na Polónia noto um excesso de nacionalismo, Portugal após a revolução de 1974 entrou num caminho perigoso de desprezo pela nação, pela sua independência e pela sua história. Eu não sou daqueles que anda com bandeirinhas no carro, ou em casa, ou que usa sempre o cachecol (nem tenho) quando joga a selecção de futebol nacional. Mas não sendo saudosista porque não vivi na época, há duas coisas muito importantes que no meu entender devem ser respeitadas acima de tudo: Família e Pátria. Por isso, este caduco podia ir adiantando a sua profesia e mudar de nacionalidade. Já. Ontem mesmo.

quinta-feira, julho 12, 2007

Investimento Directo Estrangeiro - 7º

Pelo que ainda me quer parecer, e ajudado pela controvérsia do bloqueio da Polónia às conversações entre a União Europeia e a Rússia, pode-se pensar que este ainda é um atraso de país. Sem dúvida que o Governo de coligação que está no poder tem umas grandes maçãs podres, e não tem feito muito para ajudar a desenvolver o país. Mas tal como li algures, o facto de não mexerem muito, e se entreterem com fait-divers como descobrir as inclinações sexuais de um boneco que pelos vistos é rabeta (o Teletubbie violeta), até é bom para o país. Assim não fazem tanta porcaria em áreas realmente importantes. A prova de que mais vale estar quieto. Por enquanto está a ser benéfico, no futuro se calhar nem por isso.
Isto tudo como prelúdio a mais uma notícia que li, e que segundo o relatório de uma das Big-Four, a Polónia está no 7º lugar como destino priveligiado para investir, mesmo apesar de um governo inepto e instável. China, E.U.A, Índia, Alemanha, Rússia e Reino Unido à frente deles. Curto e grosso, isso deve-se a uma posição central na Europa, salários baixos e um mercado doméstico potencial de razoável dimensão. Quanto a quantidade de mão-de-obra oferecida já tenho as minhas dúvidas, pois a quantidade de jovens a "fugir" para a Irlanda ou Reino Unido é brutal. Para saber mais, ler relatório (em inglês) em http://www.portugalnews.pt/imgupload/polonia1077.pdf.
Ps: Também eu pertenço ao número de empregos que foram criados o ano passado na Polónia pelo Investimento Directo Estrangeiro. É pena por várias razões, a principal das quais é que à custa disso, postos de trabalho foram perdidos em Portugal.

Desportos da malta - Basket

Outro desporto que goza de popularidade pela Polónia é o basketball. Não tendo propriamente equipas e uma selecção nacional de topo, também não uns coxos autênticos nisto. Têm por exemplo uma equipa na Euroliga (Portugal nicles) chamada Prokom Trefl Sopot, portanto assumo que são melhores que nós. Se bem, que pelo que li, o 5 principal desta equipa é composto por um Americano, um Lituano, Greco-Sérvio, um Porto-Riquenho e alvissaras, um Polaco. Em termos de resultados da selecção, pelo que pesquisei, nada de relevante. Quanto ao feminino, só tive tempo para procurar fotos.

terça-feira, julho 10, 2007

E assim acontece em Cracóvia - ida à ópera

Esta é a fachada principal do edifício da ópera aqui por Cracóvia. E pela primeira vez na minha vida, fui a uma ópera, e de facto correspondeu às minhas expectativas. Não gostei. Não porque era uma má peça, não devido à más interpretações, por erro dos músicos, mas simplesmente porque me aborrece ouvir alguém aos berros. O edifício está bem restaurado por dentro e por fora, fiquei no 2º nível, com um preço de cerca de Eur 11/12. Pormenor engraçado, a hora de início do espectáculo: 18.30h - um bocadinho cedo de mais para os hábitos tugas. Mas isso não impediu o facto de a casa estar a 70% (como seria de esperar, a maioria dos espectadores pertencia ao clube dos velhadas com dinheiro, muitos dos quais turistas, salpicada aqui e ali por alguns jovens).

domingo, julho 08, 2007

Parque Automóvel II

Aqui estão mais algumas fotos de bólides clássicos que se podem ver a circular pela Polónia. De branco temos um Polski Fiat 125p. Um canhão, como se pode ver pela foto. Um milhão e meio destas coisas foram produzidas ao longo de 24 anos. As outras duas fotos referem-se à famosa marca Trabant, da antiga República Democrática Alemã. Feio como o caraças diga-se de passagem, mas funciona (dois cilindros, dois tempos e refrigeração a ar), se bem que já não se vêem muitos por aqui. Para saberem mais sobre estes carros, é só colocar estes nomes no google, e pronto.







sexta-feira, julho 06, 2007

E nos entretantos estamos no Verão

Mínimas de 10ºC e máxima de 20. Probabilidade de chover de 50%. E vento. É assim um dia normal de julho na Polónia. Assim, não é de estranhar que as opções para os polacos irem para a praia passam por destinos como a Croácia, Egipto ou Bulgária. E por exemplo, muitas pessoas que vão até à Croácia, vão de automóvel. Mínimo 12 horinhas e cerca de 1000km. Tivesse eu carro na Polónia, e também faria estes km...Ah, inveja! Já agora, face às circunstâncias metereológicas, o risco de incêndios nas florestas polacas durante o verão é bastante reduzido.

quinta-feira, julho 05, 2007

Que horas são?

Seria de estranhar dadas as vicissitudes da língua polaca, que as horas fossem algo fácil de dizer/perceber. Não são. E se em conversação formal as coisas nem são muito complicadas bastando usar uma declinação, no estilo informal é um regabofe. Isto porque na Polónia o sistema de dizer as horas é tipo germânico. Por exemplo, para as 8.30h, tem de se dizer "30 para as 9". Que apressados do caraças. Pior: 8.25 diz-se "5m para 30m para as 9h". Rídiculo e exagerado. Quem se lixa como sempre, é o estrangeiro que quer só saber que horas são e fica às aranhas.

terça-feira, julho 03, 2007

Mota-Engil

Das várias empresas portuguesas de construção que andam pela Polónia, a Mota-Engil é a que tem maior dimensão neste mercado (ver http://www.mota-engil.pl/en/). Na cidade onde estou é também onde eles têm a sede e até é conhecida pelos polacos. Obras que já vi deles são a construção da auto-estrada entre Cracóvia e Zakopane, ou no centro de Wroclaw a fazer um edíficio que não percebi se seria escritório ou residencial.
Associado à sua implantação neste país, também é possível encontrar por cá outra empresa participada, a Martifer, a fazer e montar instalações metálicas. Assim sendo, os portugueses por muitos paises para onde emigrem, parecem talhados geneticamente para "trabalhar nas obras".

sábado, junho 30, 2007

Viagens na terra de outros - Rzeszów

Pertinho da fronteira com a Ucrânia e a 150km de Cracóvia para Leste, a cidade de Rzeszów tem cerca de 170.000 habitantes. Localizada numa região com maior peso e história agrícola, a cidade não é tão campónia quanto se poderia pensar. Para mais informação, ver http://www.erzeszow.pl/en/. Admito que estava a contar encontrar maiores contrastes nesta cidade a nível de arquitectura e de pessoas, mas tirando a zona em redor da estação de comboio e um monumento comunista horripilante com uns 20 metros de altura, todo o centro da cidade está bem cuidado e nem é feio. E a nivel de feições, nada de muito diferente quando comparado a Cracóvia. Pelo que li também, esta é e sempre foi das zonas mais pobres da Polónia, portanto muita rapaziada polaca emigrou destas bandas para outras paranças.
Aliás, até do outro lado do rio, tem uma zona bem grandinha de blocos de prédios recentes a dois passos do Castelo, prova do dinamismo da cidade. Já agora, durante o Domingo em que lá estive não vi nem uma igreja. Estavam abertas sim senhora, mas sempre com missas. E não só, a lotação estava esgotada, pois haviam sempre umas dezenas de pessoas a assistir à missa na rua e ouvindo através dos microfones colocados sobre a porta de entrada.

terça-feira, junho 26, 2007

Guia Mabor - Restaurantes II



Na época do comunismo na Polónia, foi inventado um conceito de restauração chamado Bar Mleczny (tradução rápida para Bar de Leite). Para quem queira saber mais sobre o que é isto, facilmente encontra explicação na Internet. Em poucas palavras é um restaurante de comida rápida polaca, destinado às pessoas com menores rendimentos, mas em que todos podem lá ir. Subsidiado pelo estado, neste momento o seu número é bastante menor do que era antes de 1989. Mas mesmo em pleno centro de Cracóvia, é possível encontrá-los.
Decidi portanto ir a um deles, e tive várias surpresas: a comida até nem é má (boa mesmo, tendo em conta que são receitas polacas); entre as bebidas é possível comprar coca-cola/fanta; os tabuleiros vêm do IKEA (!); e neste a que fui até havia microfone para falar para a cozinha. Quanto a preços, uma refeição pode ficar por uns € 3.

quinta-feira, junho 21, 2007

Reflexões de vão de escada - o rabiosque das polacas


Desde que estou na Polónia já por várias vezes ouvi uma frase liminar: "as polacas não têm rabo!". Ponto primeiro é que eu discordo. O segundo ponto é como se define um bom rabo? Porque se for a bunda brasileira, o formato coração que é o expoente de um bom rabo, dispenso. É que aquela ideia que um rabo tem de ter chicha em abundância para ser bom, para haver algo a que se agarrar, não pega.
Pequeno, firme, rijo. É assim o rabo típico das polaquinhas. E não me venham cá com histórias de que é genético, da constituição óssea e pardais ao ninho. Como não comem, elas não ficam é com um rabo tipo bombardeiro, como se vê em certos e determinados países. O facto de elas gostarem de fazer desporto também ajuda a ter um bom pandeiro. Portanto, se for um gajo que diga que elas não têm rabo ele só pode ser um tosco. Se for uma gaja a dizer isso, bom, é inveja pura e simples.

quarta-feira, junho 20, 2007

História da Polónia às três pancadas - VIII

Em 1569, e como forma de solucionar uma crise de sucessão, foi assinado o Tratado de Lublin que estabeleceu a união entre as repúblicas da Polónia e da Lituânia. E um par de anos depois foi criado algo a que se chamou a República dos Nobres. Em poucas palavras, neste sistema o rei era na prática dominado pela nobreza, como se fosse um funcionário, tendo de se submeter a eleições. Existia uma espécie de Parlamento, e competia a um conjunto de senadores ainda outras coisas como lançar impostos ou declarar guerra.
Para a época isto foi um grande avanço em termos de democracia, pois o rei não tinha o poder supremo. Mas por outro, uma nobreza com tamanho poder, pode insistir no feudalismo em cada uma das suas áreas de poder. Isto não era nem foi bom para a Polónia, pois não é dificil perceber que a plebe não devia gostar muito de um sistema tão feudalista em pleno século XVI e XVII.
Este sistema de eleição de reis permitiu ainda eleger "gestores" estrangeiros (por ex. da França, Hungria ou Suécia). Curiosidade ainda, li algures que destes reis eleitos constou um religioso fervoroso, um homossexual, um glutão, e mesmo um pai de 300 filhos.

segunda-feira, junho 18, 2007

Desportos da malta - F1

Robert Kubica. Piloto polaco de F1. E a razão para os polacos prestarem tanta atenção ao desporto. Puto nascido em Cracóvia, tem 22 aninhos e é o primeiro polaco a por o rabo num F1. Começando em 2006, e a mais de meio da época, conseguiu sacar um 3º lugar e uma volta mais rápida no ano de estreia pela BMW. Este ano, ainda não foi ao pódio, e no último grande prémio (Canadá) o homem espatifou o bólide todo, terminando de com o carro de pernas para o ar. Mas tá fino.
Já agora, que saiba não existe na Polónia nenhum circuito em condições para receber F1, e acho que corridas de automóvel em circuito não são ainda muito populares pela Polónia. Por isso é que na Polónia, ele só deve ter conduzido karts. Carros a sério, começou em Itália.

domingo, junho 17, 2007

Museus - à noite

Há cerca de mês e meio falei acerca de museus. Pois nem a propósito, o mês passado houve a noite dos museus, em que por € 0,25 era possível visitar uns 15 ou 20 museus/sítios históricos. Excelente ideia pois a adesão dos Cracovianos foi imensa e a cidade estava cheia de pessoas (e ao contrário dos fins de semana de Verão, não eram de Manchester) até à 1 da manhã. Verdade que as filas para entrar em alguns sítios eram enormes, mas por exemplo valeu a pena por exemplo para ir ao Castelo Wawel durante a noite.
Se calhar em Portugal também existem eventos destes. Eu nunca tinha ido, mas desconfio que em Portugal não há. Se por exemplo já dei com o nariz na porta do Palácio da Pena às 5 da tarde, muito menos ir lá de noite. Se Cracóvia não deve ter a melhor noite da Polónia, quase decerto, é a mais animada culturalmente.

sábado, junho 16, 2007

Espaço para a publicidade - IV

Isto não é bem publicidade, mas prontos. É uma placa de pequenas dimensões no exterior de um prédio. No entanto, ao contrário de um normal Doutor ou Advogado, esta placa diz "Penetrator". O que é exactamente não sei, mas que o nome soa bem, soa.

quarta-feira, junho 13, 2007

Páteo das Surpresas

Algo que acho bastante piada na Polónia são os páteos dos edifícios. Principalmente nos centros históricos, muitos deles são uma autêntica caixa de surpresas. Esplanadas, restaurantes, hóteis,lojas...ou parques de estacionamento. Muito interessante pois alguns deles estão mesmo em prédios cuja fachada da rua até mete medo ao susto, mas uma vez nas traseiras tudo pode mudar de figura.
Da primeira vez que notei isto fiquei algo surpreendido, pois pensava que o conceito de páteo era algo predominantemente árabe, mas dá a ideia que também na Polónia a arquitectura também priveligiou o convívio entre a vizinhança. Escusado será dizer que nos prédios novos, este espírito já está bem mais diluido.

domingo, junho 10, 2007

Parabens a Cracóvia - 750 anitos

Foto 1: Panorâmica geral e um coro bué grande
Cracóvia celebrou durante os primeiros dias de Junho os seus 750 anos de existência. Festa da grossa houve por aqui, bandeirinhas por toda a parte da cidade e um palco belíssimo na praça central, com espectáculos bastante interessantes.
Foto 2: Uma senhora aos berros


Foto 3: Barbudo a dar ao serrote


Foto4: Valsada










quarta-feira, junho 06, 2007

Dia de Portugal na Polónia

Celebra-se no próximo dia 10 de Junho o dia de Portugal. Mas eu estou na Polónia. Como cidadão consciencioso que sou, estou registado na Embaixada Portuguesa na Polónia. E por isso fui convidado para celebrar o dia de Portugal e do Camões em Varsóvia, mas no dia 11 (porque 10 calha a um domingo) para que não se estrague o fim de semana às pessoas julgo eu. Assim sendo conto ter a oportunidade de após uns valentes meses, deitar o dente a um bom velho pastel de nata, e se os compatriotas convivas não forem muito lambões, experimentar um pastelzito de bacalhau (também estou à espera de ver o fiel amigo por lá) e emborcar um cálice de Porto à pato. Tenho é de estudar o hino, porque não vejo tantos jogos de futebol quanto isso, e há lá umas partes que não me lembro bem.

terça-feira, junho 05, 2007

Guia Mabor - Clubes

Em Cracóvia, tal como já disse, não nenhuma discoteca que me faça dizer: "epá, coiso e tal sim senhor, aqui está um sítio de categoria". Assim sendo, vou-me focar em dois sítios que não sendo espectaculares, são emblemáticos de Cracóvia. Os nomes são Łubu Dubu e Kitsch. E encontram-se ambos neste lindíssimo prédio bem perto do centro. Aliás, este prédio só tem bares/discotecas (existem mais dois, mas não vou dissertar sobre eles).
O Łubu Dubu é basicamente um apartamento grande (cerca de 200m2), cujas paredes levaram umas valentes marretadas, e ficou portanto com a sala do bar, duas salas para abancar e uma para dançar. A música é eminentemente dos anos 80 (uma coisa revivalista portanto) com decoração a condizer ainda mais velha (frigoríficos, rádios velhos, etc...). Vale pela originalidade e por se ouvir Depeche Mode, Duran Duran, Abba, porcaria de rock polaco, LCD Soundsystem. Dia ideal para ir: 5ª. Hora ideal: por volta das 24h.
O Kitsch, fica por cima do outro clube e ocupa todo o último piso (cerca de 350m2). Das primeiras vez que ouvi falar deste sítio, as frase eram entrecortadas com adjectivos do tipo roto, rabeta, maricas. Mas francamente, é apenas um sítio gay-friendly e onde sinceramente já fui várias vezes e nunca vi nada de excepcional (talvez porque também não procuro). Bom, a não ser um pequeno show de travestis. Pronto, e também há um varão de inox no meio da pista de dança. Tem duas pistas de dança (a mais pequena com techno) em que a maior passa música comercial, que não é nada de especial. Até cerca da uma da manhã, parece que se está numa matiné, tal é a quantidade de adolescentes ou malta com menos de 20 anos. Mas lá para as 3 da matina as crianças vão dormir. E por aqui a noite é longa, sendo um dos sítios favoritos para os bebedolas acabarem a noite. Está ao rubro no fim de semana por volta das 3 da matina, e sei de pessoas que já sairam de lá às 10 da manhã. Porquê? Não sei. Maricas e lésbicas pelo sítio: há, mas só o homofóbico mais inveterado se pode sentir incomodado aqui.
Ps: Já agora, quando tirei estas fotos fui interpelado duas vezes. Parece que é proibido tirar fotos neste prédio. Na segunda vez tive mesmo de mostrar todas as fotos que tirei. Estranhíssimo.
Ps2: Ambos os sítios são bastante javardolas, e raramente não levo com cerveja em cima. E a probabilidade de um edifício residencial, velho e com todo o aspecto que não foi reforçado para aguentar o aumento de carga devido às centenas de pessoas nestes bares vir abaixo um dia destes, não é tão pequena quanto isso. Enquanto não acontece, é divertido sentir o chão tremer com a malta aos saltos.

sexta-feira, junho 01, 2007

As escolhas do professor VIII

Aqui está outro livro de um jornalista/escritor polaco, Ryszard
Kapuscinski, que faleceu em Janeiro último. Este livro é fruto de uma porrada de viagens que o autor fez pelo império da União Soviética após a II Grande Guerra Mundial. Fiquei deveras surpreendido com a dimensão da minha ignorância em relação à União Soviética e aos países que a compunham. Não posso deixar de confessar que infelizmente não li o livro todo uma vez que o perdi algures num avião da Sky Europe. Não tive pois a oportunidade de ler a parte sobre a altura após a queda da União Soviética. Para quem estiver interessado em saber um pouco mais sobre a queda deste império, é um livro porreirito.

segunda-feira, maio 28, 2007

Pepinu

Não gosto. Mas por aqui, parece que está por todo o lado na comida. Não só o comem bastantes vezes com refeições quentes, mas se não estou em erro, algumas pessoas até ao pequeno-almoço. Porquê?? Porquê?? Pior ainda, são uns pepinos de menor tamanho e algo diferentes (mais doces) que vêm em frascos tipo pickles, e que por vezes serve para acompanhar shots de vodka. Já descobri mesmo na Internet garrafas com este nome: Blackwood's Cucumber Vodka. Isto uma pessoa habitua-se a muita coisa nesta longa e sinuosa estrada que é a vida, mas chegar a um balcão de um bar e pedir: "era um vodka pepino, ohfáxavor", se não impossível, é tão provável como passar a gostar do meu chefe.

domingo, maio 27, 2007

Viagens na terra de outros - Łódź

Da cidade de Łódź (que não se lê Lodz, nem Ludz, mas algo foneticamente parecido com "Udjê") não posso ainda falar muito uma vez que da única vez que lá estive, foi uma visita relâmpago com o objectivo bem claro de conhecer a vida nocturna. Mesmo assim, ainda deu para confirmar o porquê de se poder dizer que esta cidade é a Manchester da Polónia. O seu desenvolvimento deu-se no século XIX, pleno período da revolução industrial, pois a sua localização a 110km a sudoeste de Varsóvia também lhe dá uma posição central. Claro está que muitas das fábricas dessa altura já estão desactivadas e alguns espaços sofreram ou irão sofrer obras de reconversão para espaços comerciais e/ou residenciais.
Algumas curiosidades é o facto da cidade não ter uma praça central propriamente dita, sendo a zona mais movimentada uma longa rua (onde se passa tudo...ou quase tudo). Mas para facilitar a movimentação nessa rua existe um serviço de ....riquexós. A cidade está ainda a tentar assumir-se como um centro de cultura dentro da Polónia, o que é condizente com o seu estatuto de 2ª cidade com mais população a seguir a Varsóvia. Definitivamente não das primeiras cidades a visitar na Polónia, mas para quem esteja a viver por estas bandas, também não ficará demasiado desapontado e não é tão mau como se possa pensar. Pelo menos já vi que a vida nocturna até tem uns espaços simpáticos.

quarta-feira, maio 23, 2007

Auto-estradas na Polónia

Um país do tamanho de Espanha, tem neste momento aproximadamente uns 700/800km de auto-estradas. Manifestamente pouco. Todavia, fruto dos fundos estruturais da amiga União Europeia algum alcatrão será posto nas planícies deste país nos anos vindouros. Ainda por cima, como a Polónia irá co-organizar o Euro-2012 com a Ucrânia é mais uma razão para terem auto-estradas.
Há cerca de uns meses li numa revista que há uma auto-estrada ligando duas cidades a de cerca 700km de distância, cuja construção se realizará a partir dos dois extremos, juntando-se numa cidade mais ao menos no meio. Nada de complicado. Se conseguiram fazer isso no tunel do Canal da Mancha, numa auto-estrada devia ser limpinho. Mas parece que surgiram alguns problemas no planeamento, pois já após os planos de ordenamento elaborados, alguma alma mais esperta verificou que o ponto de encontro divergia nuns singelos 5km. Uma terminava a norte da cidade e a outra a sul. Brilhante.
As fotos são do troço de auto-estrada entre Wroclaw e Kraków. E parte foi construida por empresas portuguesas: MSF e Teodoro Gomes Alho & Filhos. E neste momento a Mota Engil também está na construção de auto-estradas (Kraków-Zakopane). Esta é uma das coisas em que Portugal tem know-how: espalhar alcatrão.

domingo, maio 20, 2007

História da Polónia às três pancadas - VII

Devido à grande força da Igreja Católica na Polónia, o movimento Renascentista também foi bastante forte na Polónia a partir do início do séc. XVI. Não foi somente nas casotas, igrejas e pinceladas que o renascimento se fez sentir com força, mas ao nível das ideias também. Foi por exemplo neste século que o shor Copérnico mandou a posta de pescada que a Terra afinal girava em torno do Sol (ver post 28/11/06). Foi um período aúreo no campo das ciências e literatura.
Os bitaites do Martinho Lutero e a posterior Reforma Protestante também tiveram um impacto bastante significativo na Polónia, especialmente nas regiões de maior influência alemã, bem como nos antigos territórios teutónicos. Quanto ao Calvinismo, muitos dos seus fans vinham da nobreza Lituana. Portanto para sumarizar, e dado que o meu conhecimento religioso é mais do que medíocre, só direi que durante o século XVI coexistiam, de forma mais ou menos pacífica, nesta união entre Polónia-Lituânia: Católicos, Ortodoxos, Protestantes, Judeus, Arménios, entre outros. Tendo em conta o território em causa era natural que existissem tamanhas diferenças. Não tão natural era o clima de tolerância que para a época era imenso e se calhar único.