domingo, dezembro 14, 2008

Viagens na terra de outros - Malbork

Quem visita Gdańsk, dificilmente pode preterir uma saltada à cidade de Malbork, que fica a umas escassas dezenas de km a sul (a caminho para Varsóvia). A cidade em si, não tem mais nenhum interesse, a não ser pelo coiso de Malbork. Digo coiso, porque ainda me custa usar o nome castelo para definir uma coisa feita com tijolos. Nos tempos em que Portugal era um país à séria, o que se fez cá foram castelos mas com pedras. Calhaus mesmo. Não tijolos, pfff.
Bem, o que é facto é que este é o maior castelo gótico em tijolo do mundo. Aqui está um exemplo então da capacidade e engenho polaco! Ou daí talvez não, isto porque na verdade esta fortaleza foi construida pela Ordem dos Cavaleiros Teutónicos no século XIII, que de polacos tinham pouco (eram da Prússia). Ainda em processo de reconstrução após os danos da II Guerra, vale a pena uma visita de um par de horas.

Nota: As fotografias, que normalmente já têm garantida uma má qualidade, principalmente no caso da primeira foto, são absolutamente péssimas. Tudo porque o fotógrafo de serviço se esqueceu que em dias de chuva, convém limpar a objectiva de pingos de água ou embaciamentos.

domingo, dezembro 07, 2008

Flores...e o burro é o polaco??

Em Portugal, quando um homem por exemplo dá uma facadinha no matrimónio/namoro, sente-se na obrigação de chegar a casa com umas flores...para compensar. É justo.
Na Polónia, a vida está muito mais facilitada, pois é possivel efectuar este...processo estando em cidades ou mesmo países diferentes. Basta ir a uma florista numa qualquer cidade, escolher as flores e alguém as entregará por ele.
A sério, é bastante comum ver nas cidades floristas com este símbolo, é um negócio que floresce porque basicamente as pessoas na Polónia gostam bastante de oferecer flores. Isto aliado ao facto de que a dimensão do país é maior que a nossa, faz com que hajam mais pessoas deslocadas das sua terra natal. Além disso, este serviço também se estende aos milhões de polacos emigrados nos E.U.A., Reino Unido, Irlanda, etc...para que mesmo distante se possam oferecer as ditas flores (nos aniversários, quando alguém falece, no Natal, no dia do nome, para relembrar a namorada/mulher à distância que quem faz revisões no veículo é sempre só um e o mesmo, etc). Sei que em Portugal já há empresas a fazer este serviço, mas nem de perto tem a dimensão que existe na Polónia.www.pocztakwiatowa.pl/.
Ps: Tinha-me esquecido de traduzir. Poczta kwiatowa quer dizer, mais ou menos, correio floral.

sexta-feira, novembro 28, 2008

Geladu

Esta foto foi tirado num dia de Verão, um típico dia de Verão diga-se de passagem. A chuver cães e gatos e os nativos polacos a comerem alegremente o seu gelado.
A pancada por gelados é grande na Polónia e é muito natural verem-se filas com um número razoáveis de pessoas só à espera de poder comprar o dito: em cone de baunilha e bem alto no topo. E se na Polónia estiverem à espera de temperaturas quentes para comer comprar gelados, estavam bem lixados. Bastam tar mais de 15 graus e a malta já se anda a lambuzar toda. O preço também ajuda, pois por 2Pln (0,5Euro já se compra o dito).
A adicionar a esta mania, mesmo no recato da intimidade(ou não), há uma expressão polaca cuja tradução para português é literalmente: "faz-me um gelado"....

quinta-feira, novembro 27, 2008

Choque cultural nos supermercados

Em Portugal, quando estamos nalgum estabelecimento comercial e se decidimos de facto pagar (cada vez mais pessoas aderem ao popular 5-finger-discount) por aquilo que queremos levar para casa, ou se paga com cartão ou com dinheiro.
Comparando com a Polónia, e acho que já referi isso algures, pagar com cartão não é assim tão comum. Muitas das vezes, mesmo para para um cartão de débito ao invés de digitar o pin, temos de assinar. Além disso, não raras vezes o cliente paga uma taxa por transacção. Logo, a malta tendencialmente paga em guito.
Em pagando em guito, em Portugal a coisa mais normal é não só a pessoa que está na caixa estender a mãozinha para receber o dinheiro, como depois nos devolver o troco directamente sobre a nossa mão. São hábitos bonitos, que demonstram uma relação de proximidade como só os latinos na Europa sabem ter (o exemplo Sarkozy-Merkel com as palmadinhas no ombro do franciú ao chanceler alemão; perdão, à chanceler). Ou então uma maneira de propagar doenças mais facilmente...
Mas na Polónia, em todo o sítio há uma pequena base ligeiramente côncava onde cliente e vendedor colocam o dinheiro. Não há cá contacto físico coisa nenhuma. Várias vezes estendi a mão para receber o troco e a senhora do outro lado coloca ao invés as moedinhas (algumas do tamanho de uma cabeça de alfinete) nessa base. E não sendo vidente, acho que o que ia no espírito dessa pessoa seria algo do género: "deves tar a pensar que eu te vou tocar oh estrangeiro porcalhão". Germofobia ou apenas hábitos diferentes? Num sei...

terça-feira, novembro 18, 2008

Vinhaça portuguesa na Polónia - Adega

Já aqui tinha falado na possibilidade de comprar vinho português na Biedronka. Mas além dessa possibilidade (limitada a uns 3 ou 4 vinhos), há uma cadeia de lojas que só vende vinhaça tuga (entre outros produtos nacionais). O nome das lojas é Adega (algo que julgo de fácil pronúncia para os polacos) e o site é http://www.norpolska.pl/ que tem os produtos comercializados.
O dono é um português que começou este negócio por volta de 2002 em Poznań, e neste momento já vai com 14 lojas espalhadas por Auchans e Tescos em várias cidades polacas. Em traços gerais, a maioria das lojas localizadas em zonas comerciais de hipermercados têm cerca de uns 10m2, apenas um colaborador para atendimento ao público, e um público-alvo da classe média. Como muitos dos produtos que esta adega vende são em Portugal propriedade da Unicer (vinhos, a Superbock, cafés), isto na minha opinião continua a ser um balão de ensaio que está a correr bem até que consigam estar criadas condições para se verem nas prateleiras dos supermercados polacos vinhos portugueses (além do obrigatório Vinho do Porto). Porque é triste ver tanto vinho do Chile, África do Sul, Austrália, e Portugal que até está só a 3500km da Polónia, não consegue ganhar dimensão e preços competitivos para educar a nação polaca a descurar um pouco os shots de vodca para uns cálices de vinho.
Os preços é que em relação ao mesmo produto em Portugal, a conta obrigatória é multiplicar sempre o preço por 2 ou 3 (no mínimo). Há que dar para o transporte, e impostos, e mudança de rótulos e uma margenzinha de lucro....
Na foto, a montra da loja nº1, em pleno centro de Poznań, a dois passos da praça central.

sábado, novembro 15, 2008

Fast food polaca - Zapiekanka

Era quase imperdoável da minha parte não falar da comida rápida polaca mais famosa: a zapiekanka. Se calhar a foto não é muito óbvia, mas trata-se grosso modo de uma baguete cortada ao meio, em que põem lá para cima qualquer espécie de carnes/fiambre/cogumelos/molhos e o diabo a sete, levam aquilo ao forno e tá feito. Para mim nada mais é que a versão polaca de uma pizza. O preço é acessível a quase toda a gente (entre 1 e 2 aerios), sendo mais barata que os kebabs. Faz parte da experiência de viver na Polónia, comer de quando em quando uma (eu contava fazê-lo talvez a partir do 3ºou 4º ano...).

sexta-feira, novembro 07, 2008

Parque Automóvel V - Opel made in Poland

Assim como na Roménia há uma marca chamada Dacia (da qual a Renault é dona) que anda a fazer carros novos com muita tecnologia de há 10 anos atrás, também na Polónia há exemplos desses. O carrinho na foto é conhecido na Polónia como Opel Astra II Classic, e ainda continua à venda a par com a versão mais recente do Astra. Claro está que o público alvo são aquelas pessoas que querem comprar um familiar compacto novo, não querem (ou têm para) gastar muito dinheiro e não fazem questão que o design seja o mais recente. No caso do motor 1.4 a gasolina com 90 cavalos, pode-se comprar um actualmente por Euro 12100. Em Portugal, o Corsa 1.0 começa por Euro 13000.
Tinha de falar deste carro, pois durante uns meses foi o carro de rent-a-car que tive. Azul. Como carro de trabalho cumpre, mas definitivamente não é carro para grandes conduções. Os 90 cavalos servem para fazer muito barulho (se bem me lembro, em 5ª a 100km/h já ia às 3500rpm), recuperações fracas, e se é verdade que dá os 180km/h reais (marcou-me 190), a partir dos 130 tem uma dificuldade enorme de ganhar velocidade (sim, sei que é de ter uma 5ª virada mesmo para poupar consumos). Quanto à estabilidade deixa muito a desejar a partir dos 150, sendo um verdadeiro fiar na virgem. Em termos de picadeiro, também fraco: piões mediocres e com o ABS a actuar em estradas de terra as travagens exigem outra postura. Mas pronto, para quem precise de alugar/comprar um carro na Polónia, se escolher este não vai mal servido. É mais barato que carros recentes, e serve perfeitamente para trabalhar.
Ps: E não sei se era do meu carro ou de todos, mas o acelerador demorava um tempo enorme entre eu pisá-lo e ter resposta do motor. Resultado era que em média, deixava o carro ir abaixo umas 2 ou 3 vezes por dia. Patético.

quarta-feira, novembro 05, 2008

Arquipolacadas - V

Na foto é possível vislumbrar indícios de que isto pertence a uma cozinha. Está lá o lava-louça (mas sem espaço para pôr os pratos a escorrer). Vemos azulejos e no canto inferior direito aquela coisa é um frigorífico. Faltaria só portanto um fogão. E faltava mesmo, não havia fogão aqui para o pobre emigra. Mas para "colmatar" - pfffff - isso, tinha à minha disposição uma placa eléctrica com uma só base e que deu para esturricar várias vezes aquilo que queria cozinhar. Et voilá, temos aqui uma cozinha polaca de um apartamento modesto.
Sim, porque a cozinha não era mais do que um lado (máximo 1.20m comprimento) do corredor de entrada do "apartamento". Do lado oposto do estreito corredor estava a casa de banho, o que há que dizer que até podia ser visto por um prisma positivo, pois era possivel tar muito bem sentadinho no WC e com um ligeiro estender de braço, dar um jeito na frigideira.
Nota: Para os que não sabem, este foi o apartamento que a simpática empresa que me levou para a Polónia me providenciou para ficar durante o primeiro mês. Não se tratou de poupança de custos ou de pura sacanice, não senhora. Eu vejo que apenas quiseram providenciar uma sensação de aconchego só ao alcance de um apartamento com....15m2, num rés-do-chão, em que a cama ocupava 2/3 do quarto e sem uma mesa para comer.

sábado, novembro 01, 2008

Guia Mabor - Clubes III

SQ. Duas letras que querem dizer boa música na Polónia, pois esta é de longe a discoteca com melhor música na Polónia. O nome completo é SQ Klub (http://www.sqklub.pl/index.php), fica em Poznań e tive o prazer de ir lá várias vezes nunca ficando desapontado com a música pois tem um nível de qualidade ao melhor do que se faz internacionalmente. Comparando com Portugal, o mais parecido é o Lux. Mas no SQ há menos gaijas da esquerda caviar e menos rotos/metrossexuais que no Lux (também os há, mas antes isso que tipos com ar de hooligan).Se ainda se mantém a agenda, recomendo vivamente ir lá a uma quinta-feira (disco, funk and soul music). Com a grande vantagem que nunca é demais realçar de poder entrar às 24h e já tar uma casa composta (começa a perder ritmo a partir das 2h, às 6ªs ou sabados, vá lá, até às 3 da manhã está bom).
O espaço fica numa cave do centro comercial mais popular e central da cidade, é bastante espaçoso (uma espécie de open-space de 400m2 com uns pilares pelo meio), uns simpáticos sofás brancos (ver foto abaixo), um comprido balcão e a mesa de DJs ao centro de uma das paredes e quase ao nível da pista. Fortemente recomendada uma visita para quem não conhece e gosta de boa música.

domingo, outubro 26, 2008

História da Polónia às três pancadas - XIII

Estando sob o jugo de 3 monarquias imperiais absolutistas, foi mais do que natural que os polacos abraçassem os ideiais revolucionárias vindas da França. Tanto assim foi que muitos se exilaram em França num acto de resistência, e mais do que isso, foram constituidas legiões (3) polacas que lutaram com as cores de França na esperança de que um dia também conseguissem libertar a Polónia. Esperanças frustradas, pois nunca chegaram a lutar na Polónia.
De facto o Napoleão abriu mato pela Prússia adentro e conseguiu que fosse criado em 1807 um pequeno território chamado Ducado de Varsóvia. A malta obviamente ficou entusiasmada pois consegui-se criar algo com uma administração, exército, constituição parlamentar polacas. Todavia, o manda chuva estava sujeito a ordens francesas, o que por outras palavras significa, os planos expansionistas de Napoleão. Expandir para onde? Para leste! Leste significava guerra com a Rússia.
Como as invasões até ao momento até estavam a correr a jeito (Portugal que o diga também, franceses ladrões de merd*), em 1812 estala guerra à séria com a Rússia. As tropas chegaram a Moscovo, mas porque esta tinha sido previamente evacuada, logo não chegou a existir uma capitulação formal da Rússia. Aliás, a capital política era São Petersburgo. Saltando muitos detalhes, basicamente Moscovo foi com os porcos (incendiada) e com o contra-ataque russo os franceses iniciam a retirada desta invasão. O problema é que a geografia na Rússia é diferente do resto da Europa, as distâncias maiores, menos comida e mais frio (muito mais frio). Aliado a isso, os ataques russos aos abastecimentos às tropas francesas, e foi o início do fim da hegemonia napoleónica.
Com a retirada das tropas napoleónicas destas bandas, quem se lixou a seguir foram claro está os polacos que levaram na trombeta da Rússia e da Prússia. Aliás ao invés de se renderem, as tropas polacas preferiram lutar até ao fim mesmo com baixíssimas possibilidades de vitória. E algumas amantes polacas também deixaram de servir um ditator rodas baixas oriundo da Córsega. É o que dá confiar em francius.
Veio o congresso de Viena (1814-15), em que ficou decidido que não senhora, não ia voltar a haver Polónia independente. Isto porque a Rússia não iria ceder neste ponto, e os outros países também não estavam inclinados para ir contra a Rússia só por causa da Polónia. O Ducado de Varsóvia passou a chamar-se Reino de Congresso (Congress Kingdom) sob comando de Adam Czartoryski que obviamente recebia uns bitaites (ie, ordens) do Czar.

ADENDA: O Ricardo (www.tugasnapolonia.blogspot.com) teve o cuidado de me chamar à atenção que houve militares polacos envolvidos nas invasões francesas a Portugal (concretamente ao Porto). Cuidais que alguma vez na história houve portugueses envolvidos em invasões da Polónia, hein? No máximo, o mais próximo disso são as invasões de pêra rocha nas prateleiras dos Biedronka. E se mau já é existir uma rua em Vila Nova de Gaia chamada Rua dos Polacos, pior ainda é verificar que essa rua tem confluência na Rua do nosso poeta zarolho e é paralela à Avenida da República! Mais uma prova da incompetência do Menezes.

quinta-feira, outubro 23, 2008

Viagens na terra de outros - Sopot

A escassos km de Gdańsk fica a cidade de Sopot. Para os apressados há sempre a estrada ou o comboio, mas para quem gosta de ver gruas de estaleiros navais de Gdańsk a descarregar cargueiros ou de gramar com umas valentes rajadas de vento tem de ir até Sopot de barco. Uns 30/40min.
Se tivesse de encontrar uma comparação para esta cidade de praia, diria que está para a Polónia, como Cascais está para Portugal. Com as devidas (grandes) ressalvas, claro. Isto porque no Verão, muito polaco de classe média/alta gosta de fazer uns 300km (de carro e durante os meses de Verão às 6as e domingos, 7-9horinhas de viagem) desde a capital para vir para ali passar o fim de semana, descansar pouco e estar basicamente com as mesmas pessoas com que está durante a semana.

Não tem uma marina é certo, mas tem um castiço e longo pontão construido em madeira. Nas redondezas só há um campito de golfe, mas o verde é coisa que não falta. Aliás, é característico das praias do Báltico que existam densas manchas de árvores logo a seguir à praia. Quanto ao clima, Sopot não foge à regra de toda a costa: podem estar 35ºC em Julho, mas em Sopot está sempre bem mais fresco...e ventoso....e chuvoso. Ondas, nem vê-las. E por fim, temperatura de água ao estilo Póvoa de Varzim, ie, causando nos homens o que é conhecido em inglês como „considerable shrinking”.

quinta-feira, outubro 16, 2008

Fiat 126P - vendido

Pois é, lá vendi o meu Fiat 126P a um senhor que tem vários Fiat's clássicos. O destino que lhe dará tanto poderá ser um desmantelamento para peças como matrafice usando os documentos de um Fiat 126 (também amarelo) para fazer passar este carro por Português mudando apenas uns números de série e tal. Não sei o que fará com ele.
Perguntar-se-ão alguns porque é que eu vendi este maquinão, que na verdade foi o primeiro (e único) carro que comprei até ao momento. A razão é simples: para legalizar o carro de forma perfeitamente clara, teria de gastar uns Euro 1000. Tendo em conta que o carro me custou 1200 (mas Złotys), era algo ridículo de fazer. Assim, vendi-o, não havendo lugar a grandes nostalgias pois tenho lá um em casa (o primeiro carro que conduzi) a que quero, esse sim, voltar a dar atenção. Até lá, e enquanto não acabar o relato no www.fiat126pf.blogspot.com, lembro-me de uma canção de um grande artista que dizia algo como: "Vais partir naquela estrada....onde um dia chegaste a sorrir".

Ps: Nota que o meu Toyota não é este. O meu é branco, salpicado por ferrugem. Mas um dia ficará como este vermelhinho :). Bom, menos kitado e de branco.

Ps2: Quem gostar de carros facilmente reconhece que este é o popular Corolla KE-20. Quem não aprecia, que continue a comprar carros de plástico sem alma nenhuma só para os levar de casa para o trabalho (e nas férias da páscoa para ir buscar comida à casa dos avós na Beira Alta).

quarta-feira, outubro 15, 2008

Adenda aos Restaurantes Portugueses na Polónia - Vai haver bifana

Pois é, graças à vontade e empenho de um ilustre jovem empresário tuga (y su muchacha americanopolaca), a partir de meados de Novembro vai abrir em Varsóvia mais um espaço onde é possivel saborear comida portuguesa. O sítio de internet é www.ogrodowacafe.com.
Pronto, tanto quanto sei, no início terá apenas a popular Bifana entalada no menu entre a sande para florzinhas e a tortilha. No entanto imagino que muito bom tuga ao ver a bifana comece também a clamar pela Mini para acompanhar, ou uma sande de coirato (para desenjoar :) ) e quiçá se as coisas correrem bem, o Chef possa afixar na porta daqui a uns tempos algo como: "Mamy Pipis", que é como quem diz - "Temos pipis". Tenho a certeza que na Polónia não será dificil encontrar pipis com qualidade. Mas o tratamento a dar-lhes é que revela a mestria portuguesa.

quarta-feira, outubro 08, 2008

Monos Comunistas II

Num post do ilustre Misha de 15 de Março de 2008, é possivel ler um olhar realista sobre a principal estação de comboios não só da Polónia, mas também de Varsóvia: http://mishanapolonia.blogspot.com/2008_03_01_archive.html. Mas também tinha de dar o meu bitaite.
Tendo como vista frontal o estalinista Palácio da Cultura e Ciência, é ladeada actualmente por um Hotel de 5 estrelas e um centro comercial/edifício de escritórios bastante moderno, torna-se ainda mais fácil caracterizar esta estação. Se fosse inglês, conseguiria usar só uma palavra: shithole! Em português, o significado mantém-se: um buraco de merda!
Todas as descrições são poucas, pois a verdadeira essência deste espaço está na míriade de cheiros que estranham-se e entranham-se (nas narinas e na roupa) sempre de cada vez que por lá se circula. E sim, aqueles túneis com lojas e kebabs, minha nossa. Para quem não conhece, imagine o Centro Comercial da Mouraria espalhado por uma dúzia de corredores subterrâneos de 2,5m de altura, com todas aquelas lojas e ainda à mistura sítios a fazer bifanas/chamuças/farturas.
E sim, é possível ter um retrato claro das desigualdades sociais após um quarto de hora a observar os utilizadores da estação. Mas em boa verdade digo, que Santa Apolónia também pouco melhor é do que este pardieiro.

segunda-feira, outubro 06, 2008

Já que se fala em marcar jantaradas - Restaurantes "portugueses" na Polónia

Aqui vão algumas referências aos sítios onde é possível (nuns sítios mais, noutro menos) comer comida portuguesa.
Em Cracóvia, a opção passa pelo Le Scandale (www.lescandale.pl), pois o chefe que por lá anda agarrado ao tacho é um ilustre alentejano. E já ouvi boas críticas acerca dos seus bifes.
Ainda em Cracóvia há outro restaurante (www.piri.com.pl) que apesar de não ter um chefe tuga, tem lá o caldo verde, frango piri-piri ou bacalhau. Só podem ter melhorado desde a última (e única) vez que lá fui, onde entre outras coisas se tinham esquecido/lido mal a receita de que as batatas no caldo verde eram supostas estarem trituradas e não em cubinhos.
Em Poznań não conheço nenhum restaurante onde se possa comer comida tuga.
Quanto a Varsóvia, tem o restaurante (www.portucale.pl) na Polónia com comida mais próxima da portuguesa, e onde é possível comer o famoso bitoque pagando Euro 12 (provavelmente por causa de o bitoque na Polónia vir com mostarda e ervinhas em cima da chicha e ovo). Neste restaurante o chefe/dono (português), ou já se esqueceu de como são em Portugal ou (o meu palpite) teve de modificar um pouco alguns pratos para adaptar os pratos ao gosto dos polacos. Não tem uma longa lista de pratos, alguns deles definitivamente estão longe do que é comida portuguesa (nunca mais me esqueço da sopa de espinafres....com caldo branco), mas só pelos excelentes pastelitos de bacalhau já vale a pena. Tem ainda boa vinhaça e outros produtos tugas à venda....por um preço um pouco maior do que a Biedronka.
Recentemente vi na net que há outro restaurante (www.bluecactus.pl) em Varsóvia que tem na carta algumas coisas portuguesas. Não conhecia, nem nunca lá fui, portanto é por vossa conta e risco.

Mas sinceramente, para jantarada tuga, o melhor é sempre fazer em casa de alguém algum prato com bacalhau e pronto!! Ou, então ide ao Rooster. Há em Cracóvia, Poznan, Varsóvia, que têm sempre umas pernas e peitos saborosos.

quarta-feira, outubro 01, 2008

Estereótipo do Homem Tuga na Polónia

Para se ser um português “normal” (ou recém-chegado) na Polónia, são respeitados os seguintes pontos:
a) ou andam com cabelo quase rapado mas com barba de 4 dias (ao estilo Prison Break), ou então cabelo a mandar para o comprido (um estilo italiano tímido);
b) ter feições/cor de pele que levam os polacos a pensarem que são ou do Sul da Europa ou do Norte de África (tudo igual para eles, pois portugueses são considerados exóticos);
c) ter uma larga colecção de camisas aos quadrados (a calça creme é um opcional);
d) numa ida a uma discoteca, são facilmente identificáveis os grupos de tugas, pois se ainda é cedo (e não estão ainda suficientemente bêbados) estão encostados a pilares/paredes, sítios com um ângulo de visão amplo, de copo na mão, a fazer movimentos de 180º ou mais graus com o pescoço para olhar para a fauna que os rodeia, e partilhando entre eles um repetitivo: “dasse, aquela parece um helicóptero – boa e gira”, ou um mais sucinto “casava-me já!!”.
e) Por último, o ícone máximo. Se não conseguiram identificar o mamífero pelas características acima referidas, não há espiga. Basta ter o sapato de vela, e está identificado. E o autêntico marinheiro tuga (que em 95% dos casos nunca andou de barco à vela) é tão fiel ao seu sapatinho que até pode ser avistado com aquilo em pleno inverno.

quarta-feira, setembro 24, 2008

Parque Automóvel IV - Bólides estrangeiros/comunistas

Vermelho, temos um magnífico Śkoda 105. Um carro de família com um motor traseiro fraquinho (1000 cc e 44 cv), assim como tração atrás. Não sendo propriamente um best-seller nas estradas polacas, também não é assim tão dificil avistá-los. Este é feio (e também dos primeiros a sair no final da década de 70), mas há outros da mesma família que eram um pouco mais bonitos....errr, menos feios. http://en.wikipedia.org/wiki/Å koda_105/120
De branco pintado, um bastante mais raro Dacia 1310. Não estou a ver a razão de nos anos 80 terem saído muitas destas belezas do país do shor Ceauşescu para a Polónia. Mais ou menos da mesma idade do colega de post, tem um motor um pouco maior (1300cc e 54cv) e tracção dianteira. Mais info em http://en.wikipedia.org/wiki/Dacia_1310.
De entre estes dois não compraria nenhum. Mas uma vez que falei em Śkodas, aproveito para pôr aqui a foto de um que vi em Praga. É um 110r julgo eu, bastante modificado (ficou pior que o original como é costume na xunificação) mas mesmo assim com piada.

terça-feira, setembro 23, 2008

Espaço para a publicidade - VII

Já tem uns meses, mas aqui vai o link para um anúncio polaco feito pelo shor Cleese a um banco:
http://www.youtube.com/watch?v=sv4sQEKroa8

segunda-feira, setembro 22, 2008

Guia Mabor - Cafés/Bares III

Em Poznań, e mesmo na Polónia, não encontrei melhor bar do que este para estar sentadinho em confortáveis sofás, ouvir boa música, bater papo, ver a sempre presente Fashion TV e beber uns copitos a seguir ao jantar. E com sorte, se ficar numa das mesas perto das janelas dá para ter uma vista gira sobre a praça central. A foto não está grande espingarda, é verdade...O sítio chama-se Shark, e é nada mais do que um prédio situado na praça central de Poznań. Rés-do-chão ocupado pelo balcão e umas 3 mesitas, se formos para a cave é a pista de dança (normalmente sempre às moscas). Subindo, no 1º e 2º andar estão 4 salas com uns sofás brancos...lindérrimos. Normalmente preenchido ou por casalinhos ou por pequenos grupos, é o sítio indicado para começar a noite sossegado.
Não sendo o sítio mais cool de Poznań actualmente, continua a ser o mais bonito na minha opinião.

sexta-feira, setembro 19, 2008

Momento cutchi cutchi

...ou a primeira vez que vi um esquilo.

quarta-feira, setembro 17, 2008

GPL....e o burro é o polaco??

Se calhar não é! Também na Polónia os preços dos combustíveis são altos, mas ao menos lá as pessoas têm uma atitude mais proactiva. Ao passo que em Portugal, o número de veículos a GPL é praticamente residual (se ultrapassar os 50.000 já é muito), na Polónia esse número já ultrapassou largamente a barreira do milhão de veículos. Preço da gasolina na Polónia = 4,6PLN. Preço GPL na Polónia: 2,15 PLN. Por isso, as contas não são complicadas de fazer.E deve ser só em Portugal que as pessoas são obrigadas a colocar um autocolante para informar os outros que se tem um carro a GPL. Mas mesmo que o Estado (ou as gasolineiras ou ambos) não tivessem imposto esta parvoice do autocolante, sei que na mente do português típico andar com um depósito adicional de combutivel no carro é um desprestígio tremendo para o seu status. Vamos que o Antunes do 3º esquerdo descobre que afinal o Golf anda a GPL? Nada disso, o português prefere andar a comprar carros a gasóleo (supostamente para poupar no combustivel) para depois passar longos quartos de hora em filas de bombas de gasolina de hipermercados. Preço da gasolina em Portugal = € 1,45. Preço GPL = € 0,72.
Ps: Também, assim como assim, se em Portugal o GPL passasse a ser popular, era provável (com 110% de certeza) que os impostos sobre este combustivel disparariam em flecha.
Ps2: Tinha-me esquecido de referir este pormenor bem importante. Na Polónia, é bastante comum mesmo ver "bombas de combustível" exclusivamente dedicadas a GPL. Coloco bombas entre aspas porque muitas das vezes não passam de um depósito de 25.000lts à vista, com uma bomba de abastecimento instalada num qualquer terreno agrícola, ou stand automóvel.

quinta-feira, setembro 11, 2008

Arquipolacadas - IV

Sei que não é/foi só a mim que me calhou viver em casas com soluções arquitectónicas esquisitas, mas com o mal dos outros posso eu bem. Evitei (e paguei mais por isso), para por exemplo evitar apartamentos em que na casa de banho constasse o esquentador/cilindro. Durante uns 3 meses aluguei um apartamento nessa situação e mesmo com a porta da casa de banho toda aberta, era sempre um stress a pensar em possiveis fugas de gás.
Mas, nesta posta, é para falar da minha casa de banho da casa que tive em Poznań que tinha dois pormenores engraçados (entenda-se estúpidos). O melhor deles é que a porta da dita era praticamente toda de vidro (um pouco baço, mas não o suficiente). Ou seja, privacidade era coisa que não existia. Mas isto até nem era problema com visitas femininas.
O segundo detalhe, é que não só era estúpido como perigoso. Então não é que alguém decidiu que era boa ideia colocar uma tomada eléctrica na parede junto a uma das extremidades da banheira?? Eu nunca experimentei, mas desconfio que se por acaso uma chuveirada acertasse na tomada, era capaz de causar aborrecimentos chocantes.
Como piéce de resistence, o dono do apartamento trabalhava em arquitectura de interiores!

terça-feira, setembro 09, 2008

Algumas das que eu conheci....

Houve uma portuguesa que se revelou o caso típico. Não muito sofisticada, nos seus vinte e poucos, muitas vezes com um ar absorto, instável, revelou-se um namoro difícil. Feito de avanços e recuos até finalmente me dizer que sim, nunca na verdade pareceu interessada em mim, sabia por isso que seria uma relação complicada e com pouco futuro. E foi.
Quanto a uma espanhola, essa sim, levou-me a mergulhar de cabeça. Trintona, experiente, ambiciosa, sedutora. Tinha todas as qualidades que eu procurava numa, ou pelo menos, pensava eu que as tinha. Quando pensei que a relação iria evoluir para algo (ainda) mais sério, pôs-me “as malas à porta”, terminando abruptamente tudo.
Deixando para o fim a pior, esta era sofisticada, rica e muito experiente. Daquelas a quem já nem se pergunta a idade. Feia, muito feia. Mas na altura em que me nos conhecemos tinha algo que eu queria, por isso decidi que iria usá-la (e ela também me usou).
E já chega de estórias sobre mim...

quinta-feira, agosto 21, 2008

Choque cultural num café

Não aconteceu comigo, mas sim com um amigo de um amigo. Mas como é um episódio tão delicioso e tão explícito sobre um dos choques culturais que um português enfrenta na Polónia, que não resisti a colocar aqui uma descrição aproximada da situação.
Um tuga está numa cafetaria, está a beber à pressa um café e depois dá-lhe a fome e vê uma quiche numa vitrina. Segue-se o seguinte diálogo:
Tuga: Olhe, por favor era esta quiche.
Empregado: Com certeza, vou aquecer então.
Tuga: Ah, deixe estar, não é preciso aquecer. Estou com pressa.
Empregado: Pois, mas a quiche tem de ser aquecida.
Tuga: Ouça, por mim não tem problema comer fria.
Empregado: Um momento então, vou falar com o meu chefe.
(.....) o tempo a passar, e lá vem o chefe para dizer ....
Chefe: Fria não pode ser. A quiche tem de ser aquecida.
Face a isto, o português deixa o café, vira as costas e vai-se embora!
Análise da situação por parte de um português: atrasos de vida dum corno. se o cliente diz que não se importa de comer aquilo frio, porque carga de água não servem a porcaria da quiche? Só porque não é normal??? Estes tipos são incapazes de fazer algo que não esteja previsto.
Análise (hipotética) da situação por parte do empregado polaco: se me dizem que a quiche é para servir aquecida, eu só a dou aquecida. Vamos que dava isto frio ao cliente, o homem depois ficava mal disposto por aquilo ter sido servido frio, eu levava nas orelhas do meu chefe, era despedido, exigiam-me uma compensação por danos ao cliente, etc..... Nah nah, o cliente até pode querer frio, mas se me dizem que é para vender quente, eu só vendo quente. E mai nada.

terça-feira, agosto 19, 2008

Visita Presidente da República à Polónia

Pois é, vem cá à Polónia no início de Setembro S. Ex.ª o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e eu não estarei cá. Bem, oportunidades para o ver não me faltaram pois se ele até deu aulas na minha faculdade e eu nem escolhi a cadeira que ele leccionava...
Mas a razão porque escrevo é sobre o programa da visita que pode ser facilmente encontrado na net, e que tem uma parte que acho interessante: "O Presidente Kaczynnski e Senhora oferecerão um banquete em honra do Presidente Cavaco Silva e da Dra. Maria Cavaco Silva, os quais retribuirão com um concerto da fadista Mariza, no Teatro Nacional de Varsóvia, seguido de recepção."
Portanto, a conclusão é a de que aqui está o PR polaco a oferecer não uma jantarada, mas um banquete. E como é que o PR português paga a conta: mete a Mariza a cantar! Assim é fácil pagar a dolorosa.
Eu gostava era de saber, se eu como plebeu também poderei passar a usar este método para pagar jantares aqui na Polónia. Não tendo nenhuma fadista mundialmente famosa para cantar por mim, teria de ser eu a cantar. Mas sendo eu uma cana rachada/desafinado/inculto, acho que o máximo que poderia trautear seria alguma canção dos Ena Pá 2000. Acho que no máximo, e com muito boa vontade do dono, conseguiria pagar um meio pierogi com a cantoria :(

segunda-feira, agosto 18, 2008

Metro em Varsóvia

Começando pela descrição básica, o metro em Varsóvia resume-se a uma única linha, com umas 20 e picos estações ao longo de uns 15km. Preço viagem: 2,80pln, mas nem sequer existem máquinas de venda automática de bilhetes. Regra geral as estações têm um ar asseado e nada claustrofóbicas.
Mas é no interior das carruagens (limpas e espaçosas) que se verifica o mais interessante. Por comparação ao metro de Lisboa, e escolhendo uma linha (a Verde) ao acaso, sabemos que andar de metro envolve todo um conjunto de experiências olfactivas (raramente agradáveis) provenientes de pessoas originárias de vários continentes. Em Varsóvia, não. Andei de metro (de dia e noite), e posso afiançar que nas carruagens em que me sentei, seria o único estrangeiro. Isto nada mais é do que o retrato fiel do pouco cosmopolitismo que ainda se sente na Polónia. Todavia isso não quer dizer que não existam experiências olfactivas causadas pelo calor de Verão no metro de Varsóvia. Existem, mas de produção (quase exclusiva) nacional.

segunda-feira, agosto 11, 2008

História da Polónia às três pancadas - XII

(terceira via)....que passou por nada mais nada menos do que retalhar a Polónia. Coube à Prússia providenciar esta ideia em que os três impérios (Prússia, Rússia e Aústria) poderam molhar o pão na sopa (entenda-se, ficar com partes da Polónia). Isto ocorreu no ano da graça do senhor de 1772 e constituiu a primeira partição em que 30% da área do país foi com os porcos. Sem contar muito do fim, outras se seguiriam.
Face a isto, o que decide a Polónia fazer? Desenvolveu um programa de reformas que visava aumentar as liberdades do seu povo, e ao mesmo tempo incentivar o êxodo da população que se encontrava sob poder dos três impérios. Eu não sabia, mas a Polónia foi o 2º país (a seguir aos States) a criar uma constituição onde conceitos como liberdade, separação de poderes, governo, parlamento constavam. Sem ser um historiador (nem coisa que se pareça), criar uma constituição enquanto rodeado de países imperialistas na europa totalitária desta altura que já tinham invadido o país, foi no mínimo uma ideia.....arrojada. Outros poderão pensar em outros adjectivos, mas eu fico-me por arrojada e ao menos tentaram resistir. Ideia esta que deu para o torto: 1793 Rússia invade de novo, mais território para eles e para a Prússia (que ficou com Gdańsk - na altura Danzig).
No ano seguinte, liderado por Tadeusz Kościusko (heroi durante a guerra civil dos EUA), os polacos ainda ganharam uma batalha importante face aos russos mesmo se com bastante piores armas. Mas, a lei do mais forte prevaleceu e em 1795 lá se fez uma partilha do que sobrava da Polónia. Era a garantia do prolongamento de um período mais do que negro da história deste país. A partir de 1797 nem o nome Polónia já era usado. Vendo o desenho, e comparando em termos de áreas, facilmente se percebe quem foi o carrasco principal.
Nota: Sim, a Polónia antes desta molhada, e fruto da sua aliança com a Lituânia ainda se mandava para o grande.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Espaço para a publicidade - VI

Quem com mais de 25 anos não se lembra deste desenho animado?? Pois é, só que agora o malandro anda aqui na Polónia a incentivar tesos a gastarem ainda mais dinheiro e por inerência da singela taxa de juro, a ficarem ainda mais tesos.

quarta-feira, agosto 06, 2008

Mitos II - na Polónia nenhuma mulher tem bigodito

Chocante para alguns, falso para outros, mas para mim é a triste verdade. Todavia, parte de mim não deixa de estar de certa forma contente, pois ao menos não se pode dizer que é só em Portugal que há mulher com o buçozinho. Buçozinho que com o evoluir da idade se transforma num orgulhoso e por vezes vistoso bigode, em plena harmonia com as vestes negras usadas por tanta reformada por esse interior português.
A grande diferença é que tendo as polacas uma coloração de cabelo tendencialmente mais clara que as minhas compatriotas, a "penugem facial" é menos visivel à distância. Todavia, em olhares à queima-roupa, é possivel comprovar que aproximadamente em igual percentagem das portugueses, há ali em demasiada fêmea pelito a mais por cima do lábio superior. O buço polaco pode ser mais louro, mais discreto, mas ele anda por aqui. Buáááááááá....
Ps: as minhas amigas que me perdoem esta questão fracturante, mas tentei ser o mais imparcial e assertivo possivel.

quarta-feira, julho 30, 2008

Falhas de comunicação com a Polícia

Situação: Vou a guiar numa estrada qualquer pelo sudeste polaco, a pisar um pouco no acelerador, mas sem excessos dentro das localidades. Acabo de fazer uma curva e numa recta de uns 600/700m a descer está lá uma placa que a mim me parecia dizer inicio de concelho. Abrando para uns 90 e picos e Páás: polícia com pistola-radar, e encosta moço! Saltando detalhes, e (se calhar feito nabo por não falar apenas inglês) dialogando com eles em polaco, a informação de que vinha a 91km/h numa zona de 50km/h. Quando eles me apanharam a 91km/h não havia uma barraca sequer em redor (só 500m à frente, e apenas duas casas). Mas não me valia a pena estar a por em causa se aquilo era uma localidade ou não, pois esse seria um jogo viciado.
Fiz portanto, o que as regras de cortesia mandam. Juntamente com os documentos do carro, estava uma notinha de 100PLN. Para meu aborrecimento não lhe tocaram, lá continuou a escrivinhar e depois lá me diz um deles:
Polícia- Pois, o que o senhor fez dá direito a x pontos, e a uma multa de 300 ou 400PLN. Quanto é que prefere pagar?
Eu- 300, claro.
Polícia- Tem dinheiro consigo?
Eu- uhm.....uhm....300 não tenho. só tenho 200. Então como é que vamos fazer?
Polícia- Ah, daqui a uns 5km há uma caixa multibanco....
Então, eu subo a parada de uma possivel "contribuição pessoal" para os 200pln, e mesmo assim eles não aceitam? Que porra, tinham logo de me calhar polícias certinhos.
Ps: ainda ouvi deles o comentário "epá, nunca tinhamos mandado parar um português. Franceses, Alemães, mas nunca um português". Estive quase vai não vai para dizer parabens. Não disse.

terça-feira, julho 29, 2008

Custo de Vida em Varsóvia 2008

De acordo com um estudo da consultora Mercer, Varsóvia ocupa a 35ª posição mundial (nas cidades analisadas) relativamente a custo de vida para trabalhadores expatriados. Os resultados estão no site: http://www.mercer.com/costoflivingpr.
Sem entrar em grandes análises, e de acordo com este ranking, é mais barato viver por exemplo em Munique, Bruxelas, Melbourne. Lisboa neste estudo está na 57ª posição.
Portanto, para quem esteja a pensar vir para a Polónia trabalhar, lembre-se de usar este estudo nas negociações salariais para depois não ter surpresas desagradáveis.
Nota: Neste resultado, não é alheia a forte valorização do Złoty.

quarta-feira, julho 23, 2008

Comparação antropológica dos Festivais de Verão: Polónia vs Portugal

Este é um assunto no qual não posso falar com conhecimento de causa, mas a ideia que eu tenho dos festivais de Verão em Portugal é, e pegando no exemplo do Sudoeste, a seguinte:
Pontos Positivos:
- Bom cartaz de bandas
Pontos Negativos:
- Publico-alvo são adolescentes e jovens adultos que se querem livrar dos pais por uns dias para fumar umas brocas, e que no final da época dos festivais ainda vão à Festa do Avante;
- O local é uma confusão dos diabos, calor intenso, e pó. muito pó.
- Apesar da proximidade da praia, existem sempre demasiadas pessoas que parece que já não tomam banho à semanas.
Por comparação, deixo aqui um link para um vídeo de um festival de música electrónica que ocorre todos os anos numa praia na Polónia. Descubram as diferenças, que nem vou perder tempo a escrever a minha opinião. Todavia, apostaria o meu Fiat 126P na resposta que dariam os Chemical Brothers se lhes perguntarem: "então, preferem actuar no Sudoeste ou no Sunrise Festival na Polónia?"
Ps: Para a população masculina, se não tiverem tempo podem passar por exemplo ao minuto 4.45...

sexta-feira, julho 18, 2008

Carcanhol

Wednesday, July 5, 2006
1 Euro (EUR) = 4.00482 Polish Zloty (PLN)
Friday, July 18, 2008
1 Euro (EUR) = 3.21560 Polish Zloty (PLN)
O engraçado (ou nem tanto), é que ainda não me habituei a fazer as contas com 3. Mas quando vejo os extractos das transferências, então apercebo-me da realidade.
Nota: Face ao dólar, e em igual período de tempo, a moeda valorizou 50%!

quarta-feira, julho 16, 2008

Strike three - You're out

Esta é uma expressão usada num desporto (baseball) que nem sou grande fã, mas que neste momento se aplica à minha situação na Polónia.
E portanto, aqui vai o discurso que já começa a ser repetitivo: mais uma vez (por vontades alheias a mim), com elevada probabilidade irá dar-se a muito breve prazo a minha saida da Polónia. Provavelmente sairei de avião, mas se houver algum mecenas estou disposto a fazer uma nova viagem de Fiat126. Para isso teria de adquirir ainda um outro 126, mas isso são peanuts (para o eventual mecenas).
Por isso, este escriba vai entrar novamente em processo de mentalização para o regresso a Portugal. E que melhor ajuda, do que ler hoje a constatação desse iluminado chamado Vitor, de que o crescimento da economia portuguesa para 2008 e 2009 anda em redor dos 1,2%.
Ps: Para o bem ou para o mal, o ditado popular de que "à terceira é de vez" não se aplicou.

quinta-feira, julho 10, 2008

Top of Poles

Algo estranho está a começar a ocorrer-me com maior frequência. Cada vez mais vou descobrindo musicas polacas de que até gosto (e não,não só da Doda - louraça com um grande par de farois).
Actualmente, apesar da música já ter para aí uns 2 anos, ando a ouvir em repeat uma música chamada: "Nie stało się nic". Infelizmente, a minha inabilidade informática impede-me de pôr aqui o video (fica o link):

quarta-feira, julho 09, 2008

Criar uma empresa na Polónia...

é mais dificil do que no Kiribati (para os geograficamente analfabetos, é um país constituido por inúmeras ilhas no Pacífico). Todavia, é mais fácil do que na Macedónia, que de acordo com o ranking do Banco Mundial ficou no 75º lugar (imediatamente atrás da Polónia). Pelo meu conhecimento de causa, sim, é complicadote criar uma empresa na Polónia, pois por exemplo uma empresa de responsabilidade limitada leva na melhor das hipóteses 3 meses até estar totalmente formalizada.
Segundo este ranking ainda, se formos mais para leste, a Rússia está no lugar 106 e a Ucrânia no 139º lugar (de entre 178 analisados).

terça-feira, julho 08, 2008

Imagens do passado, mas tiradas no presente

Varsóvia - Julho 2008
Nota: Este casal a ensinar à juventude que lá por ser Domingo, estar um calor significativo, há que ir para o jardim vestido com classe.

quarta-feira, julho 02, 2008

Viagens na terra de outros - Gdańsk

Gdańsk, a cidade que fica na foz do principal rio da Polónia. Por esta constatação geográfica, é natural que esta tenha e seja uma cidade importante na Polónia. Constitui juntamente com duas outras cidades vizinhas (Sopot e Gdynia) a Trojmiasto (ie, três cidades), estando no top 5 das maiores do país.
Mais recentemente, a cidade é conhecida por ter sido o local dos estaleiros onde nasceu o movimento liderado por esse senhor de farfalhudo bigode chamado Lech Wałęsa. Todavia, a sua história é bem mais rica, uma vez que por largos periodos de tempo esta cidade foi alemã, prussiana, teutónica, and soione and soione. Não vou estar aqui a contar a história toda, mas acho suficiente mencionar que a invasão da Polónia por parte da Alemanha nazi começou por esta cidade.

Confesso que as expectativas que me foram criadas desta cidade foram bem elevadas, e uma vez lá, bem...soube-me a pouco. Talvez por ser uma cidade com muita influência alemã, ou por ter um centro histórico reconstruido, ou por lhe faltar uma praça central como Cracóvia ou Poznań, por ter ficado numas aguas furtadas em construção num hostel gerido por um hippie de 50 anos todo queimadinho do cerebro, ou por outras razões, ficou aquém do esperado.

De um modo geral, o centro está bem cuidado e é bastante agradável andar a pé e tem alguns edificios bastante curiosos e bonitos (aquela grua de madeira realmente interessante). Agora, não sei se foi por lá ter ido em Setembro e as pessoas estavam na praia (duvido, pois estava frio), não vi muito movimento no centro à noite. De qualquer das formas, espero lá voltar e porventura conseguir apreciar melhor esta cidade, que não sendo de todo feia, pareceu-me faltar-lhe vida.
Nota: Quando alguém lá for, há-de reparar na barbaridade do número de placas a indicar a proximidade de casas de banho. Cá para mim, isto deve ter a ver com as necessidades dos inúmeros turistas geriátricos alemães que por lá andam e para os quais esta informação deve ser vital.


domingo, junho 29, 2008

Velharias nas estradas polacas II

Assim como em Portugal também há a mania de comprar o Mercedes usado (quanto 190D não foi importado da Alemanha??), também pela Polónia há quem recorra a andar com Mercedes mais velhos do que eu! Ah, como eu os invejo (principalmente o dono do 2º a contar da esquerda)....

terça-feira, junho 24, 2008

Flyers - tendes para a troca?

 Palácio da Cultura? Jardins? Centro Financeiro do centro da Europa? Sim, Varsóvia é conhecida por isso, mas deixemo-nos de tangas. Todos os que visitam Varsóvia não podem escapar à realidade que é o verdadeiro abuso de distribuição de folhetos sobre moçoilas que se dedicam à arte de fazer companhia. Eu por mim, já comecei a coleccionar o que me vão pondo no pára-brisas do carro.
Ps: Sei.....erhmm....através de conhecidos, que nem sempre o que aparece nos flyers corresponde à realidade que depois se apresenta. Falta saber se esses meus....conhecidos, apresentam queixa sobre publicidade enganosa.
Ps2: Para que fique claro, porque sou contra escravatura, nunca fui a nenhum destes sítios, e acho que deviam ser devidamente legalizados de forma a acabar com as situações de abuso a que as pessoas são expostas devido a ser um submundo ilegal.

segunda-feira, junho 16, 2008

"Quem eu quero...

não me quer. Quem me quer, eu não quero". Estas são sábias conclusões populares sobre o amorrrr.
A mesma analogia posso fazer para o acto de falar polaco. Quando eu (quero e) falo em polaco, respondem-me em inglês. Quando pergunto se falam inglês, respondem-me em polaco.

domingo, junho 08, 2008

Arroz polaquinho

Várias marcas vendem por aqui embalagens de arroz com este aspecto: embalagem de cartão contendo quatro saquetas de 100g cada e um saquito de sal também. Começo pela questão da quantidade de sal: 25g! Assumindo que cada saqueta corresponde a uma dose individual, se usar o equivalente em termos de sal, excedo já a dose diária de sal recomendada (5,5g). Isto se calhar prova que também na Polónia a malta gosta da comida bem carregadinha de sal.
Quanto às saquetas, convém prestar atenção às instruções de uso:

Resumindo a figura, o arroz cozinha-se mandando as embalagens para dentro do tacho, deixa-se aquilo a cozer uns 20 minutos, e depois é só tirar/cortar o plástico das embalagens, colocar no prato e já temos um belo acompanhamento de arroz....deslavado (talvez com um leve travo a plástico).

quarta-feira, junho 04, 2008

Varsóvia a partir do meu cortiço


180 graus (da esquerda para a direita) de Varsovia da maneira como eu a vejo...

sábado, maio 31, 2008

Porque escolhi a Polónia mais uma vez...

Et voilá, a verdadeira razão (talvez não muito óbvia) porque decidi voltar para a Polónia.
Na verdade estava farto de um país como Portugal onde no início de Junho as temperaturas máximas não passam de uns míseros 22 graus. Aqui sim, já dá para andar no carro, e passados 5 minutos já tar com a camisa toda bem encharcadona de suor como num Verão à boa velha maneira portuguesa.

quinta-feira, maio 29, 2008

Canidiu polacu

Serve o presente para expôr aqui publicamente duas situações que demonstram de maneira explícita que a Polónia não é nada um país atrasado, e isso está patente nos próprios animais de estimação.
A primeira foto mostra um cão com uns óculos de sol postos. Primeiro há que fazer uma vénia ao dono do animal pela ideia parv....gira que teve. Deste modo o canídeo pode assim proteger os olhos dos raios ultravioleta, assim como retardar o aparecimento das rugas. Todavia, há ainda arestas a limar, pois os óculos estão bastante descaidos no nari...focinho do bicho, tornando-se assim um mero fashion statement.
A segunda foto é um pouco menos perceptível, pelo que passo a explicar: um cão vai na rua levando na boca uma lata de cerveja que o alcoólico dono cinquentão acabou de comprar. Várias ideias passaram pela minha cabeça quando vi isto. A primeira foi: “tá giro, ora aqui está um cão rafeiroso obediente”. A segunda foi mais algo do género “que grande javardice depois ir beber a cerveja quando a lata esteve na boca de um cão”. Mas imediatamente me lembrei que pessoas supostamente de estratos sociais superiores são capazes de estar por exemplo numa mesa de restaurante a comer e com o cãozinho a pilhas ao colo e à mesa. Ao menos este está a fazer algo de útil.

domingo, maio 25, 2008

Não há duas sem três....

e por isso foi chegada a vez de Varsóvia me ter como seu habitante. Este é portanto um blog que já vai em triologia.

sexta-feira, maio 16, 2008

Febre da bola

Falta cerca de um mês para o início do Euro2008, e em Portugal já se anda a entreter o povo com o analgésico preferido pela maioria: futebol. Portanto, desde há uns dias e nos próximos 2 meses, a nossa fulgurante economia que vai crescer a uns assombrosos 1,5% vai ser relegada para 2º plano. Até porque sabemos bem de quem é a culpa disso: dos Espanhois cuja economia também se retraiu e dos tipos da OPEP e dos especuladores do arroz. Malandros.
Não digo que na Polónia não se fale em futebol, e muito mais quando eles vão organizar o Euro2012, mas da experiência que tive na Polónia, tirando os holligans apoiantes das equipas, a população em geral só liga à bola em situações excepcionais. Por exemplo, estou a lembrar-me da dificuldade que tive em encontrar um bar para ver o último jogo Portugal-Polónia em Setembro do ano passado. Estava numa cidade grande (Gdańsk), e não foi fácil encontrar uma TV a passar a bola, havendo mesmo sitios que tinham TV mas que estavam a passar.....concertozinho jazz.
Não estou com isto a dizer que os polacos são mais resistentes ao conceito de "pão e circo" que os portugueses. Prefiro não dizer qual é o "circo" mais popular na Polónia, mas em Portugal nada melhor do que o futebol para entorpecer a plebe. Irra, que mete fastio.

quinta-feira, maio 08, 2008

Monos Comunistas I

Abro aqui mais uma rúbrica, esta especialmente dedicada à porcaria arquitectónica que os comunistas fizeram na Polónia. Este exemplo está situado na cidade de Rzeszów (sudeste da Polónia). A foto não é clara, mas esta coisa manda-se à vontadinha para uns 30m de altura para que se veja mêmo, mêmo bem. Ao lado deste "monumento" encontra-se agora um skate-park.

quinta-feira, maio 01, 2008

Já a polícia polaca.....

...não me merece críticas. Louvores mas é!

quarta-feira, abril 30, 2008

Tropa fandanga

Primeiro há que contextualizar onde foram tiradas estas fotografias. Foi num festival aéreo que ocorreu no ano passado em Cracóvia. Apesar de não ter sido militar, e se calhar mesmo por isso, é natural que eu não perceba muito bem estas fotos.
Foto 1: Então, mas este grupo vai em formação ou não. No meu entender, parece que sim porque vai um tipo que aparenta ser de maior patente à frente, e depois vem a rapaziada em grupos de dois a dois. Mas ora uns caminham com a cabeça baixa, ora outros parece que se arrastam e numa pose demasiado descontraída. Bom, se calhar estou a exagerar na análise.Foto 2: Então, mas um militar, ainda para mais num local público vai a caminhar em formação e a falar ao telemóvel? Mas o que é isto? Bandalheira, está visto.
Foto 3: Marchar com um saco de plástico já seria mau. Com um saco cor de rosinha é péssimo. Com um saco cor de rosinha e a dizer "pretty", está mais que visto quem é que é a maluca da caserna. Aiii, fiiilha!

quarta-feira, abril 23, 2008

Naperons tugas na Polónia

Este é o aspecto de uma loja que existe no Centro Comercial mais conhecido de Poznań. Portanto, para todo o tuga que emigre e se esqueceu do toalhão turco (mas feito em Portugal), de uns pratos catitas ou por exemplo de tapetes, escusa de pedir para lhe mandarem vir isso pelo correio. Pode comprar na Polónia, porventura com um pequenito (ou não caso seja como com os vinhos) acréscimo no preço. Durante as várias vezes que passei perto desta loja (cerca de 40m2) nunca lá vi mais do que dois clientes ao mesmo tempo, sendo que muitas vezes não via mesmo clientes. Obviamente que o seu público-alvo é a classe alta.

terça-feira, abril 22, 2008

Estereótipo da Aldeia Polaca

Casas feias, muitas sem sequer estarem pintadas logo de aspecto modesto, ruas de terra batida cheias de buracos, descampados, uma chaminé de uma central térmica enorme como pano de fundo.
Não é preciso procurar muito para encontrar estas imagens, e neste caso esta foto foi tirada numa pequena localidade uns 30km para sul de Poznań. Para mim, o que me causa mesmo estranheza é a chaminé, pois saudades tenho quando a rua da casa dos meus pais era de terra batida e com buracos (sinónimo de sossego).
Ps: Não, não cresci num bairro clandestino se foi isso que pensaram!

quarta-feira, abril 16, 2008

Guia Mabor - Restaurantes III

Quem for a Poznań, é muito provável que não escape sem ir a um restaurante/cervejaria/hotel situado na praça central chamado Brovaria. Sito num edifício impec, quando se entra o bar está à esquerda, à direita uma zona mais reservada, e subindo uns lanços de escadas a parte do restaurante, cuja decoração predominante é constituida por maquinaria para fazer cerveja. E visto isto, o melhor que têm a fazer é dar meia-volta e sair dali. E o porquê deste meu conselho, é que o atendimento é no mínimo reles. Das várias vezes em que lá fui, ora esperei 30minutos para alguem se dirigir a mim para eu pedir uma cerveja, ora me deram comida fria. A pior de todas as situações foi entrar no restaurante às 22.40h, sentar-me e pedir a lista para jantar, esperar uns 10minutos até alguém vir ter conosco para perguntar o que queriamos, e dizer com a maior das latas "ah, já não servimos jantares porque a cozinha fechou às 23h". Só me deu vontade de perguntar em português a este come-m**** se ele não queria ser violado analmente por indivíduos africanos por brincar desta maneira com o meu estômago. Hélas, não estava sozinho, pelo que não foi possivel fazer peixeirada.
Por isso, o meu conselho é que vão sim senhor ver este sítio, mas que nem um cêntimo seja gasto neste engodo para turistas que ainda por cima é mau. Sítios com cerveja caseira não faltarão, e a comida não é nada de especial.