sexta-feira, julho 27, 2007

Momentos em família

Um pai a mostrar ao filho como funciona uma metralhadora. Que bonito. E tive pena de não ter conseguido tirar uma foto momentos antes, quando o petiz tão enternecido tinha uma metralhadora do exército nos seus braços. Desgraçados dos meus familiares, que tendo 2 caçadeiras em casa, nunca me deixaram mexer nas mesmas enquanto era criança. Devia ter crescido na Polónia, onde as crianças têm mais oportunidades, e mesmo uma melhor educação.

quinta-feira, julho 26, 2007

Arquipolacadas

Não é que o centro de Cracóvia seja exactamente como o de Praga, p.ex., onde mesmo quase todos os prédios têm as fachadas impecavelmente conservadas, e segundo sei, os proprietários na República Checa até recebem apoios para as pintar. Mas o que é verdade, é que cada vez mais fachadas vão ganhando novas cores. No centro histórico o problema julgo que nem tenha sido tanto a poluição vinda dos automóveis, mas sim, oriunda dos complexos indústriais na periferia de Cracóvia. A coisa boa, é que por aqui estes tipos de prédios não têm tanta pedra como em Portugal (que é mais difícil de limpar, logo mais caro). Cada vez que me lembro por exemplo do número de prédios na Av. da Liberdade que estão completamente encardidos de sujidade, até me apetece chorar.
Nas fotos, pode-se ver dois exemplos de prédios bem característicos, e que por acaso estavam na mesma esquina. Um pintado de fresco e o outro já não vê tinta à séculos. Prédios de dois/três andares, com fachadas largas, tectos altos e sempre com cave. E as áreas deste tipo de apartamentos, são normalmente bem generosas (p.ex., salas de 40m2). Casas de ricos nesta zona, claro está (ou pelo menos foram).

segunda-feira, julho 23, 2007

Sandaliu

Assírios, Egípcios, Gregos, Romanos são só alguns exemplos de povos que nos tempos antigos usavam sandálias como calçado. Devido a climas quentes, é um tipo de calçado que permite deixar a maior parte do pé EXPOSTA para uma maior circulação de ar, e evitar a transpiração que traz associada o famoso chulé.
Por isso, não sei se é porque a Polónia nunca foi convenientemente ocupada por uma destas civilizações fans da sandália como Portugal foi, mas a verdade é que por aqui eles decidem inventar. Quer dizer, a maior parte dos homens, justiça seja feita às fêmeas. De acordo com a foto abaixo, pode-se ver como entre a sandália e o pé, é colocado um acessório (vulgarmente conhecido como meia) que não raras vezes é de cor branca (!). Porquê? Não sei. É esquisito? Não tenho nenhuma dúvida em relação a isso. Confortável? Duvido. Mais uma para o saco do choque cultural.

sexta-feira, julho 20, 2007

História da Polónia às três pancadas - IX

Continuando a falar do período da República dos Nobres, no início do séc. XVII começou a marcar-se o declínio da Polónia. No campo religioso, a intolerância começou a aumentar com a maior aproximação a Roma. Entre outras coisas, os ortodoxos da Ucrânia não gostaram muito disto e começaram-se cada vez a aproximar mais de Moscovo.
Além disso, durante cerca de 60 anos a Polónia foi liderada por membros católicos da Dinastia Waza (oriunda da Suécia). Os suecos (protestantes que eram) também não gostaram muito da brincadeira. Para compor o ramalhete, o Ducado da Prússia iniciou uma campanha de expansão territorial na zona do Báltico.
Definido nos livros de história como um dos reis mais "ovelha negra" da Polónia, o reinado de Jan Kazimierz (1648-68) teve acontecimentos desastrosos: revolta dos Cossacos na Ucrânia, uma invasão vinda do Norte por parte da Suécia, ataques vindos da Prússia, assim como invasões ainda de Muscovitas, Tártaros e rapaziada da Transilvânia. O país ficou de pantanas e pelo menos 1/4 da população foi-se. Facto marcante desta altura foi o início do uso do Liberum Veto (em 1652), em que um único voto do Parlamento Polaco (Sejm) era suficiente para encalacrar a acção governativa pois não havia unanimidade. Com tamanho poder de veto, a nobralhada começou a abusar deste instrumento e assim começou a grande Polónia a ir pelo brejo.

terça-feira, julho 17, 2007

Espaço para a publicidade - V

Onde é que já vi algo parecido com este anúncio? Bom, salvo as diferenças nas percentagens. E na língua. E realmente este não é o Jorge Gabriel.

domingo, julho 15, 2007

Tristeza portuguesa

A Polónia é um país no qual nasceram bastantes pessoas que já ganharam o prémio Nobel. A saber: Nobel da Paz - 3 ; Nobel da Física - 3; Nobel da Química - 2; Nobel da Literatura -5 ;Nobel da Medicina - 1. E os polacos orgulham-se disso com toda a razão.
E Portugal o que tem até ao momento? Temos o Egas Moniz, cujas descobertas no campo da neurocirurgia e mais concretamente na Lobotomia, lhe valeram o prémio. E depois, há um ignóbil que vive numa ilha ventosa e que vai ainda escrevendo uns livros, que tem um prémio da Literatura do qual não me orgulho nada. É que cá para mim, o seu cérebro, tal como o de alguns portugueses que partilham de ideias comuns às que este néscio expressou no Diário de Notícias de 15.07.2007, poderá ter sido submetido a uma lobotomia. Só assim se explica que frases como "Acabaremos por integrar-nos" (em Espanha) possam sair da boca de um português. Ou então é do calor.
Se na Polónia noto um excesso de nacionalismo, Portugal após a revolução de 1974 entrou num caminho perigoso de desprezo pela nação, pela sua independência e pela sua história. Eu não sou daqueles que anda com bandeirinhas no carro, ou em casa, ou que usa sempre o cachecol (nem tenho) quando joga a selecção de futebol nacional. Mas não sendo saudosista porque não vivi na época, há duas coisas muito importantes que no meu entender devem ser respeitadas acima de tudo: Família e Pátria. Por isso, este caduco podia ir adiantando a sua profesia e mudar de nacionalidade. Já. Ontem mesmo.

quinta-feira, julho 12, 2007

Investimento Directo Estrangeiro - 7º

Pelo que ainda me quer parecer, e ajudado pela controvérsia do bloqueio da Polónia às conversações entre a União Europeia e a Rússia, pode-se pensar que este ainda é um atraso de país. Sem dúvida que o Governo de coligação que está no poder tem umas grandes maçãs podres, e não tem feito muito para ajudar a desenvolver o país. Mas tal como li algures, o facto de não mexerem muito, e se entreterem com fait-divers como descobrir as inclinações sexuais de um boneco que pelos vistos é rabeta (o Teletubbie violeta), até é bom para o país. Assim não fazem tanta porcaria em áreas realmente importantes. A prova de que mais vale estar quieto. Por enquanto está a ser benéfico, no futuro se calhar nem por isso.
Isto tudo como prelúdio a mais uma notícia que li, e que segundo o relatório de uma das Big-Four, a Polónia está no 7º lugar como destino priveligiado para investir, mesmo apesar de um governo inepto e instável. China, E.U.A, Índia, Alemanha, Rússia e Reino Unido à frente deles. Curto e grosso, isso deve-se a uma posição central na Europa, salários baixos e um mercado doméstico potencial de razoável dimensão. Quanto a quantidade de mão-de-obra oferecida já tenho as minhas dúvidas, pois a quantidade de jovens a "fugir" para a Irlanda ou Reino Unido é brutal. Para saber mais, ler relatório (em inglês) em http://www.portugalnews.pt/imgupload/polonia1077.pdf.
Ps: Também eu pertenço ao número de empregos que foram criados o ano passado na Polónia pelo Investimento Directo Estrangeiro. É pena por várias razões, a principal das quais é que à custa disso, postos de trabalho foram perdidos em Portugal.

Desportos da malta - Basket

Outro desporto que goza de popularidade pela Polónia é o basketball. Não tendo propriamente equipas e uma selecção nacional de topo, também não uns coxos autênticos nisto. Têm por exemplo uma equipa na Euroliga (Portugal nicles) chamada Prokom Trefl Sopot, portanto assumo que são melhores que nós. Se bem, que pelo que li, o 5 principal desta equipa é composto por um Americano, um Lituano, Greco-Sérvio, um Porto-Riquenho e alvissaras, um Polaco. Em termos de resultados da selecção, pelo que pesquisei, nada de relevante. Quanto ao feminino, só tive tempo para procurar fotos.

terça-feira, julho 10, 2007

E assim acontece em Cracóvia - ida à ópera

Esta é a fachada principal do edifício da ópera aqui por Cracóvia. E pela primeira vez na minha vida, fui a uma ópera, e de facto correspondeu às minhas expectativas. Não gostei. Não porque era uma má peça, não devido à más interpretações, por erro dos músicos, mas simplesmente porque me aborrece ouvir alguém aos berros. O edifício está bem restaurado por dentro e por fora, fiquei no 2º nível, com um preço de cerca de Eur 11/12. Pormenor engraçado, a hora de início do espectáculo: 18.30h - um bocadinho cedo de mais para os hábitos tugas. Mas isso não impediu o facto de a casa estar a 70% (como seria de esperar, a maioria dos espectadores pertencia ao clube dos velhadas com dinheiro, muitos dos quais turistas, salpicada aqui e ali por alguns jovens).

domingo, julho 08, 2007

Parque Automóvel II

Aqui estão mais algumas fotos de bólides clássicos que se podem ver a circular pela Polónia. De branco temos um Polski Fiat 125p. Um canhão, como se pode ver pela foto. Um milhão e meio destas coisas foram produzidas ao longo de 24 anos. As outras duas fotos referem-se à famosa marca Trabant, da antiga República Democrática Alemã. Feio como o caraças diga-se de passagem, mas funciona (dois cilindros, dois tempos e refrigeração a ar), se bem que já não se vêem muitos por aqui. Para saberem mais sobre estes carros, é só colocar estes nomes no google, e pronto.







sexta-feira, julho 06, 2007

E nos entretantos estamos no Verão

Mínimas de 10ºC e máxima de 20. Probabilidade de chover de 50%. E vento. É assim um dia normal de julho na Polónia. Assim, não é de estranhar que as opções para os polacos irem para a praia passam por destinos como a Croácia, Egipto ou Bulgária. E por exemplo, muitas pessoas que vão até à Croácia, vão de automóvel. Mínimo 12 horinhas e cerca de 1000km. Tivesse eu carro na Polónia, e também faria estes km...Ah, inveja! Já agora, face às circunstâncias metereológicas, o risco de incêndios nas florestas polacas durante o verão é bastante reduzido.

quinta-feira, julho 05, 2007

Que horas são?

Seria de estranhar dadas as vicissitudes da língua polaca, que as horas fossem algo fácil de dizer/perceber. Não são. E se em conversação formal as coisas nem são muito complicadas bastando usar uma declinação, no estilo informal é um regabofe. Isto porque na Polónia o sistema de dizer as horas é tipo germânico. Por exemplo, para as 8.30h, tem de se dizer "30 para as 9". Que apressados do caraças. Pior: 8.25 diz-se "5m para 30m para as 9h". Rídiculo e exagerado. Quem se lixa como sempre, é o estrangeiro que quer só saber que horas são e fica às aranhas.

terça-feira, julho 03, 2007

Mota-Engil

Das várias empresas portuguesas de construção que andam pela Polónia, a Mota-Engil é a que tem maior dimensão neste mercado (ver http://www.mota-engil.pl/en/). Na cidade onde estou é também onde eles têm a sede e até é conhecida pelos polacos. Obras que já vi deles são a construção da auto-estrada entre Cracóvia e Zakopane, ou no centro de Wroclaw a fazer um edíficio que não percebi se seria escritório ou residencial.
Associado à sua implantação neste país, também é possível encontrar por cá outra empresa participada, a Martifer, a fazer e montar instalações metálicas. Assim sendo, os portugueses por muitos paises para onde emigrem, parecem talhados geneticamente para "trabalhar nas obras".