sexta-feira, maio 25, 2012

Cultura de Negócios na Polónia

Veio recentemente um artigo de opinião no Jornal de Negócios em que a dado momento se fala do serviço ao cliente e formas de negociação na Polónia. Abaixo está o excerto:
Uma empresa que nunca trabalhou com outros mercados, deve aprender de quem já o fez antes de iniciar o processo de internacionalização. Um dos primeiros desafios é entender a cultura do país e a forma de fazer negócios. Por exemplo, os latinos tem uma tendência acentuada para a negociação, enquanto que os nórdicos preferem pagar por aquilo que procuram. Entender a cultura do país também é fundamental. No mercado polaco, do qual tenho experiência, a cultura é obviamente muito diferente da nossa. Não há formas "simpáticas" de dizer as coisas, nem mesmo quando você é um cliente que está a pagar por um serviço. Aliás, pode ter esta experiência, assim que aterra em Varsóvia e apanha um táxi. O taxista que deve servi-lo da melhor forma, porque você está a pagar pelo seu serviço, pode inclusive insultá-lo, se não se sentir confortável com o seu cliente. Ali quem manda e quem tem razão é ele, e não você como cliente, ou seja que a celebre frase de que o cliente é rei, não existe neste país.
Uma das coisas que pessoalmente aprecio neste tipo de países, é a frontalidade. Não existem rodeios, nem os famosos "paninhos quentes". Se o seu cliente está interessado, vai-lhe dizer, e se não está dirá de uma forma tão bruta que nem vai entender porque é que não lhe deu sequer oportunidade de negociar. Esta forma de trabalhar, que aliás, é prática comum em país menos democráticos e mais objectivos, e em especial no processo de internacionalização, é positiva pois evita perder tempo e em especial dinheiro."

aqui e aqui dei o meu bitaite sobre as questões dos rodeios portugueses e do serviço ao cliente na Polónia. Em todo o caso, acho que o exemplo usado dos taxistas para extrapolar que o cliente não é rei na Polónia não é o mais indicado. Porque maus taxistas, há em todo o lado. Qualquer português ou estrangeiro que apanhe um táxi no aeroporto da Portela e diga que quer ir para um sítio mais perto do que Ericeira ou Palmela habilita-se a ouvir todo um vernáculo murmurado (ou mesmo totalmente verbalizado) iniciado com as frases clássicas: "fod*-se, 3h à espera de serviço e calha-me isto. Não tenho sorte nenhuma.". 

quinta-feira, maio 17, 2012

Viagens na terra de outros - Lagos Mazury



Depois de já ter falado sobre Olsztyn, tinha de deixar também aqui as leves impressões sobre os lagos Mazury. E são leves porque basicamente andei por lá só um dia, pelas óbvias terriolas Mrągowo e Mikołajki.
Como dizem as brochuras turísticas: “ Há literalmente milhares de lagos e cursos de água, várias marinas para iates, clubes equestres, simpáticas aldeias pesqueiras e muitas tavernas para marinheiros. Águas límpidas prometem mergulhos relaxantes e agradáveis, e o grande número de espécies de peixes é uma tentação para os pescadores. A maioria dos lagos desta região é de tamanho pequeno ou médio, bem escondidos no interior das florestas, com as suas margens repletas de juncos e fervilhando com uma enorme variedade de aves aquáticas. ”
Este é sem dúvida o spot de eleição para os marinheiros de água doce da Polónia,  novos-ricos de Varsóvia virem passar fins de semana durante o Verão ou jovens/famílias fazerem uma semaninha de férias descansada. Praias predominantemente de erva (com algumas zonas em terra a fazer as vezes de areia), zonas de florestas intercaladas com áreas de cultivo de cereais ou pasto e o tempo instável que caracteriza o verão polaco (tanto podem estar 25º e sol e de repente mudar para uns 18ºC e chuva copiosa). A melhor altura do ano para visitar é nos meses de Maio e Junho. O Inverno aqui imagino que seja particularmente duro. A não ser que faça tanto frio que os lagos congelem e dê para andar de iceboat (uma espécie de trenó com vela).
Já agora, convém também referir que esta zona desde há muitos séculos fez parte da Prússia (e depois Alemanha), sendo que só após o final da 2ª Guerra Mundial esta zona foi integrada na Polónia dos dias de hoje. Zona nitidamente pobre, rural e pouco desenvolvida. Mas o potencial para o turismo existe e é grande. Falta é promover mais no estrangeiro os lagos Mazury, assim como melhorar as infra-estruturas. É que não é só a Finlândia que tem Mil Lagos. 


sábado, maio 05, 2012

Cracóvia para Lviv - Euro 2012


Para quem me vai perguntando via e-mail como ir de Cracóvia até Lviv para ver os jogos de Portugal, a minha sugestão é a seguinte:
- autocarro: Por menos de 30 eur consegue-se um bilhete para partida às 21.50 no dia 8 de Junho de Cracóvia e chegada a Lviv às 6 da manhã do dia seguinte.
- ficar 3 noites em Lviv, ficar num quarto de hostel(individual) durante 4 noites, para 2 pessoas por 590 euros
- e regressar de novo de autocarro a Cracóvia no dia 14.


Opções de andar para trás e para a frente entre Cracóvia e Lviv nos dois jogos de Portugal, são no meu desaconselháveis porque:
- bilhetes de avião mais baratos que se conseguem agora ficam em 300 eur ida e volta, pela LOT e com escala em Varsóvia.
- de comboio, na melhor das hipóteses também são 8h. O problema é que não dá para reservar via internet. Pois até é preferível desde que se consiga vagão-cama. Mas fazer 4 viagens, com passagem de fronteira e tudo, é muito.
- de carro, alugar por 6 dias um Ford Focus pode ficar à volta de 400 eur.  . Em princípio nos termos e condições não li que não se possa viajar com o carro para a Ucrânia, mas não estou seguro. Em todo o caso, fazer a viagem durante o dia perde-se um dia de férias. E fazer a viagem de noite, não deve ser a opção mais sensata dada a qualidade das estradas polacas e principalmente ucranianas. 
- de minibus. Estou seguro que por altura do Euro vão andar muitos minibus (p.ex. Mercedes Sprinter de 20 lugares) a fazer o trajecto Cracóvia-Lviv. O problema é que marcar um lugar num minibus via internet é muito dificil.