Sempre que passo por um quiosque, dou comigo a pensar como será o dia-a-dia de uma pessoa que trabalha num sítio destes. Passar dias, meses, anos a fio num espaço com um metro quadrado (dois se for um kiosk à rica) deverá moldar e bem a personalidade de uma pessoa. Com quem conversar, quando as pessoas que se dirigem a ela somente querem o cigarro, a revista, ou o carregamento de telemóvel? E o que fazer nos tempos mortos quando já se leram todas as revistas cor de rosa todas? Será que se emerge na literatura clássica? Dá-me que pensar e dá-me pena. Mas também só me dá pena por uns parcos segundos, porque depois lembro-me como passo eu o meu dia de trabalho, a olhar para um monitor 8h por dia, a teclar e a única vista que tenho (quando me deixam abrir as persianas) é o telhado de uma fábrica. Ao menos neste quiosque teria uma senhora vista: a praça central!
Senhora do quiosque 1 - Eu 0.
0 comentários:
Enviar um comentário