Este episódio aconteceu mesmo há uns minutos atrás quando tive de ir ao Pingo Doce comprar mantimentos. Quando já estava na fila para a caixa registadora, reparo que na fila ao meu lado estavam umas mãos firmes a segurar uma garrafa que me era familiar. Żubrówka! "Sim senhor, uma boa escolha" pensei eu de imediato.
Mas olhando melhor para esta pessoa que aparentava os seus 50-55 anos, de ar trabalhador e feições não portuguesas, tentei concentrar-me a ver se conseguia perceber a conversa que ele estava a ter com a mulher a seu lado, de modo a tentar adivinhar que língua falavam. Mas, por causa da barulheira, tentativa debalde. E eis que reparo, que já no tapete da caixa, estava lá um frasco com os icónicos.....tcharam.....OGÓRKI!!!
Ainda tive a esperança de descobrir que afinal tinha como vizinhos de quarteirão um casal Nowak (versão polaca do apelido Silva), mas lá consegui perceber pelo que diziam e também pelas feições, que o mais provável seria serem só ucranianos a comprar produtos polacos. Falso alarme.....
Nota: Escusado será dizer que em minha casa não entrará nem um frasco com esses pepinos pigmeus em conserva. Julgo ser esta a contrapartida de por vezes estar pelas Biedronkas pasteis de nata ou pêra rocha :)
4 comentários:
A sério? Eu gosto imenso disso. Já tinha reparado que são polacos, e há mais produtos polacos no Pingo Doce (queijo Edam, por exemplo). Eu adoro esses pepinos, e ligam com quase todos os pratos. Até em sandes, com maionese (um cadito indigesto...).
O dono da Jerónimo Martins (não me lembro do nome dele) disse há pouco tempo, numa entrevista ao Expresso, que gostaria de ter mais produtos portugueses no Pingo Doce / Feira Nova / Biedronka, mas que os empresários portugueses são pouco ambiciosos.
Amigo, então só me cumpre dizer isto: loja Pingo Doce da Rua Carlos Mardel (em Arroios). Nessa, certinho direitinho estão lá os teus adorados pepinitos :).
Já agora, mencionaste falta de ambição. Já se começou a ouvir, e irá continuar por bastante tempo coisas do estilo: "...pois, ainda bem que graças ao conservadorismo dos portugueses, o mercado financeiro não embarcou nas loucuras de outros...". Concordo. Casos como o do BPN ou BPP não têm nada de complexo.
Sem dúvida. Só que esses casos não são obra de empresários mas sim de criminosos a agirem sob a capa de empresários. Não misturemos as coisas.
Uma coisa é certa. Não se pode dizer que os senhores não tiveram ambição. E mesmo sendo criminoso, não compensa ter ambição em Portugal. Posto isto, qual a esperança para os ambiciosos que querem ser honestos?? Pouca.
Brinco claro. Mais do que falta de ambição, o português tem falta de organização, de união...e por inerência, de dimensão.
Enviar um comentário