Março. A noite estava a começar e o meu estômago bramia enquanto esperava pelo meu jantar num qualquer restaurante algures entre o Cais do Sodré e Alcântara. Talvez por ser início do mês e porque a crise não afecta todos o sítio estava cheio. Jovens, muitos e sobretudo barulhentos. O meu olhar fixa-se em algo. Ou melhor, numa peça de roupa. Verde. Porém, não um verde azeitona, ou um verde exército, mas sim um verde claro, forte, não muito longe de um fluorescente. Nada de muito fora de comum não fosse o facto de ser um blazer de um homem.
Uma mirada rápida diz-me que apesar de vestir um blazer verde claro (mas forte), tem um ar másculo. Mas pelas suas feições, português duvido que seja. Reparo agora que tem cabelo rapado. “Alto lá!” penso eu, será de caras adivinhar a nacionalidade deste tipo: se tiver sapatos em bico e à aladino já sei a resposta. Calça sapatos normais.
Ele não está sozinho. Acompanham-no uma rapariga com os seus 27/30 anos, morena, look esquerda caviar, bem como um jovem que se ia divertindo a fazer umas fotos com a sua reflex semi-profissional tirando partido da beleza do restaurante.
Não estou longe deles, 3 metros no máximo. Mas a mescla de vozes dos clientes e o volume da música dificulta que consiga ouvir o que conversam. Ou melhor, perceber em que língua falam. Conseguir ouvir uma frase completa revela-se tentativa falhada. Mas também não preciso de mais. Um “prz”, outro “dz”, ou mesmo um “prostu” provam que estava certo no meu palpite inicial. Polaco. Só podia.
Decido nem sequer tentar meter conversa, até porque a fila estava a avançar e eu ainda nem sequer tinha escolhido o hamburguer.
Uma mirada rápida diz-me que apesar de vestir um blazer verde claro (mas forte), tem um ar másculo. Mas pelas suas feições, português duvido que seja. Reparo agora que tem cabelo rapado. “Alto lá!” penso eu, será de caras adivinhar a nacionalidade deste tipo: se tiver sapatos em bico e à aladino já sei a resposta. Calça sapatos normais.
Ele não está sozinho. Acompanham-no uma rapariga com os seus 27/30 anos, morena, look esquerda caviar, bem como um jovem que se ia divertindo a fazer umas fotos com a sua reflex semi-profissional tirando partido da beleza do restaurante.
Não estou longe deles, 3 metros no máximo. Mas a mescla de vozes dos clientes e o volume da música dificulta que consiga ouvir o que conversam. Ou melhor, perceber em que língua falam. Conseguir ouvir uma frase completa revela-se tentativa falhada. Mas também não preciso de mais. Um “prz”, outro “dz”, ou mesmo um “prostu” provam que estava certo no meu palpite inicial. Polaco. Só podia.
Decido nem sequer tentar meter conversa, até porque a fila estava a avançar e eu ainda nem sequer tinha escolhido o hamburguer.
3 comentários:
É bem possivel, visto que cada vez mais Portugal é um destino turistico procurado por essas gentes, onde eu moro (Bairro Alto) é muito facil de encontrar-los em esquinas ou em esplanadas apreciando o nosso clima e uma ou outra cerveja Portuguesa :P
E tambem me acontece de assim que ouço qualquer palavra ou som parecido com polaco tento perceber e procurar de onde vem esse som lol
Para a próxima dizes assim...
Co pan sobie myślał kupując tą obrzydliwą marynarkę??
Miał pan wypadek na autostradzie i potrzebował kamizelkę ratunkowa??
:)))
Nota: Tive ajuda com o polaco pois disseram-me que não percebiam o contexto!!! Enfim... língua do camandro...
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