segunda-feira, julho 31, 2006

Multibanco na Polónia

É UMA MERDA.

Mais explicações serão dadas quando estiver mais calmo, porque garanto que é aborrecido tentar levantar guito e a máquina dizer que eu sou teso (o que é falso), e isto foi uma das coisas que me lixou a noite. A outra vai ser lavar agora a porcaria da chapa de grelhar.

domingo, julho 30, 2006

Segurança nas ruas

Relativamente à segurança, existe uma excepção que convém desde já mencionar: neste país roubam-se carros à brava. Desaconselho vivamente visitar a Polónia com um autóvel de matrícula não polaca. Se tiver mesmo de ser, é bastante inteligente deixar o carro num parque vigiado. Ver um automóvel polaco por dentro, e os sistemas anti-roubo que eles têm é bastante curioso (o volante trancado é um opcional, mas literalmente fechar a caixa de velocidades com uma chave é algo de bastante usual em todos os carros).

Tirando isto, sinto-me bastante mais seguro em Cracóvia do que em Lisboa (ok, o facto de em Lisboa morar perto da Morais Soares vicia esta análise). Além disso, às 4 da manhã já é madrugada e quase não é necessária luz artificial. Assim, é perfeitamente natural e seguro circular a pé por qualquer área do centro de Carcóvia, a qualquer hora do dia e noite. Não se vêem tanto sem-abrigos, tantos desocupados ou simplesmente malta com um aspecto ranhoso como em Lisboa, necessitando uma pessoa de se preocupar exclusiamente em encontrar o caminho para casa após noite de copos.

Como chegar à Polónia

Da primeira vez que aqui cheguei não vim directo de Portugal, mas sim no decorrer de um pequeno interrail pela Europa. Ora, uma vez que vir de comboio de Portugal para a Polónia ainda é brincadeira para demorar dois divertidos dias, aconselho o avião.
Até agora, e com voos directos para a Polónia (Varsóvia), só conheço a CentralWings - www.centralwings.com . É uma low-cost polaca, nunca andei, mas quem já foi cliente primeiro está vivo para contar como foi, e segundo não tem razões de queixa (não há luxos, e cada bebida paga-se à parte). Os preços normalmente nunca ultrapassam os € 300 com taxas (ida e volta), podendo ir até ao € 1 por viagem sem taxas se comprada nas happyhours que surgem quando o rei faz anos. Comprando com 3 meses de antecedência, e sem contar com promoções, a viagem ida e volta sai a € 200 (são umas 5horas de voo, portanto um preço justo)
Chegados a Varsóvia, e para ir até Cracóvia, a melhor opção é o comboio (2.30 - 3h de viagem). Para quem queira chegar ao aeroporto de Cracóvia (20km do centro) não existem voos directos, sendo então só uma questão de achar o melhor preço (normalmente via Londres).

sexta-feira, julho 28, 2006

Choque Cultural #1

Há quem diga que em Portugal o civismo não reina, que somos pouco educados, e assim. Pois bem, uma coisa que não esperava ver num país europeu eram comportamentos do tipo salve-se quem puder.
Situação 1:fila de supermercado, ligeiro olhar para trás e quase imperceptivel desvio para a direita (ou esquerda, é irrelevante o lado); se a fila avança e nós não durante 0,5 segundos, acto imediato, somos ultrapassados à grande.
Situação 2: cantina, pessoas com os tabuleiro, demora-se mais de 2 segundos a avançar, zás, alguém nos ultrapassa na fila, todo contente.

Segundo fontes polacas, esta de facto é uma situação conhecida. O seu individualismo. Agora perceber porque são assim tão individualistas é que me vai demorar mais tempo.

Por contraposição, e pelo menos nos transportes públicos, a malta é bastante educada com o pessoal mais provecto. Imediatamente se levantam para dar lugar a alguém com mais de 65 anos se homem, ou 58,6 anos se mulher. Pessoalmente quer-me parecer que é por medo de represálias no caso de não se levantarem. É que o olhar de algumas velhotas não é propriamente meiguinho. Eu, como me quero adaptar bem, e também tenho a minha dose de cobardice, mal vejo um velhote a 25m em qualquer situaçao em que esteja sentado, logo me levanto.

terça-feira, julho 25, 2006

Peso da populaçao jovem


Apesar de ser um país com bastante população jovem, ainda é possivel avistar alguns anciões a locomoverem-se por um dos seus habitats de eleição (o jardim).

domingo, julho 23, 2006

Wawel Castle

Apenas uma foto do Castelo de Cracóvia. Visto assim, não parece nada de fascinante, mas também queria incluir na foto o passeio (pedestre e para bicicletas) que existe junto às margens do rio (Wisla) que banha a cidade, e eu já fiz uns 3 km dele, e acho que deve ter ainda mais outros 3 pelo menos. Será que seria assim tão complicado fazer algo assim no Rio Tejo?? Acho que sim, mas os benefícios que aí adviriam seriam bem maiores que as chatices. Além disso os cracovianos e as cracovianas aproveitam para expor os seus bikinis na margem do rio, o que dá sempre um encanto a qualquer cidade.














E porque achei que uma foto era insuficiente, aqui vai mais uma um pouco mais abaixo do castelo com vista para uma igreja que não faço ideia do nome





Palavritas básicas em polaco ( e que daí não são tão básicas de dizer)

Para quem queira visitar a Polónia, e quizer esforçar-se o mínimo para aprender uma meia dúzia de palavras, aqui vai o básico (mal escrito porque não me apetece mudar definições do computador para puder pôr cedilhas em e's ou traços em z's):

- Dzien dobry (para dizer isto em português teria de ser escrito "Djên dóbri"): Bom dia / boa tarde
- Czesc ("chéxch") : Olá
- Do widzenia ("dô vidzénia"): Adeus
- Tak: Sim
- Nie: Não
- Przepraszam ("pchprácham": Desculpe / com licença
- Dziekuje ("djênkuié"): Obrigado
- Prosze ("proche": por favor / de nada

Além dos sorrisos que podem surgir nas mentes portuguesas pelo uso da palavra Prosze, existem outras que também são curiosas para nós, como p.ex.:

- Pan: Senhor
- Kurwa: Prostituta
- Hui ou Wui - nem sei bem como se escreve em polaco: Membro sexual masculino no vernáculo mais forte. Este som, para um polaco pode surgir quando por acaso um amigo nosso se chamar Rui, e nós não carregarmos no R ao dizer o nome. Falo por experiência própria, em que estava a chamar um amigo numa esplanada, chamei-o pelo nome, e de repente só vejo a empregada de mesa, a deitar-me um olhar de desprezo/censura e a dizer "pardon".

Curso intensivo de polaco em 4 ou 5 paragráfos

Sendo eu uma pessoa perfeccionista, bastante pro-activa e com uma capacidade de aprendizagem bem acima da média (ok, estou a exagerar - eu não sou perfeccionista), decidi que ainda em Portugal poderia começar a aprender algo desta língua para nós tugas, tão estranha. Após aturadas peskisas acerca de quais os materiais que precisaria para levar a cabo esta tarefa, verifiquei que apenas tinha disponivel três livros. Vou começar do pior para o melhor:

1 - Dicionário Português-Polaco e Polaco-Português da Porto-Editora. Apreciação: como dicionário de pequena dimensão que é, naturalmente tem bastantes limitações ao nivel de significados, e também não é propriamente um dicionário de bolso. À posteriori admito que não foi a melhor opção. Devia ter comprado algo pela Amazon, do género pocket diccionary Polish-English, em vez de andar a correr livrarias onde encontrar o dicionário da Porto Editora;

2- Polish in 4 weeks da Editora REA. Apreciação: bom, este é um livrinho que tem um título deveras sugestivo e imediatamente tentador. 400 páginas em formato A5, e supostamente já somos uns peritos em ...basic polish. E até traz um CD e tudo. Estava tudo muito bem até aqui, mas o começo é bastante desapontante. Têm uma página com o alfabeto polaco, mas "esquecem-se" de ensinar como se pronunciam as letras. Um L com um traço ao meio, ou um E com cedilha, não é propriamente imediato saber como se pronunciam. Na minha ingenuidade pensei que apesar de não terem escrito, ao menos no CD estaria lá um recital do alfabeto. Os tomates é que estavam lá! Estes surrados têm somente no CD uns 10 diálogos que devemos acompanhar pelo que está escrito no livro, and that's all folks! Em suma, o livro é um bom livro, mas só para quem já tem algumas luzes de polaco. Caso contrário, estará a saltar uma parte importantíssima de qualquer aprendizagem de lingua (O ALFABETO E OS SEUS SONS!!!). Desilusão! Para quem mesmo assim o queira comprar, faça a pesquisa na Amazon. Com despesas e portes, o total do livro manda-se para os 30 eurios (na Polonia custa 40 zlotis - 10 euro).

3- Polish phrasebook da Lonely Planet. Apreciação: Dentro do estilo phrasebook, cumpre perfeitamente os seus propósitos: pequeno, fácil de usar, tem um espaço dedicado a pronunciation and transliterations onde por exemplo posso ficar a saber que o "C" na verdade se deve dizer "TS". Com este livro consegue-se traduzir as palavras básicas em quase todas as situações rotineiras, aprender a fazer perguntas/ou a pedir alguma coisa (o complicado depois é compreender a resposta que nos dão!). Pessoalmente, tento andar o mais possivel com este livrinho, muito útil principalmente num supermercado ou no restaurante quando não existe algum polaco para me traduzir os nomes.
Munido destes instrumentos, a conclusão sai fácil: só com isto não se consegue aprender grande coisa.

Cracóvia, parte II, o regresso

Após um par de dias de passagem por Cracóvia em 2005, surgiu-me em 2006 uma oportunidade profissional que implicaria ir viver para a Polónia, e mais concretamente para Cracóvia. Depois de cuidadosamente ter ponderado os prós e contras desta importantíssima decisão durante cerca de 8 segundos, decidi que a minha vida iria sofrer a famosa mudança de 360 ou será 180 graus...anyway, o que é certo é que tive de começar a preparar-me para a mudança para a Polónia. Ou pelo menos, a tentar preparar-me....O primeiro passo, normalmente passa por aprender as palavras básicas da língua. Mas passemos este assunto para o próximo post.

quinta-feira, julho 20, 2006

first time in Kraków

Após três horinhas de comboio entre Varsóvia e Cracóvia, e passando por paisagens tão diferentes como campos de trigo ou de milho, lá cheguei ao destino final. Sendo já de noite, e como não tinha mapa da cidade, reserva em lado nenhum, lá aceitei alinhar numa dakelas angariações de estrangeirada à saida das estações para arranjar sitio p dormir. 50 zlotis por um quarto duplo, partilhado com um franciú idiota foi o que me saiu na rifa.

Bom, a noite passada, la fui conhecer a cidade, tendo como referências...nada. Desde logo é por demais notória a grande diferença entre o centro histórico e o resto da cidade. Começando pelo pior, nota-se que a maior parte dos prédios da cidade já não vê tinta à decadas, e a arquitectura também não é a mais bela que já vi. Em relação a espaços verdes, não se vê nenhum jardim com relva imaculadamente arranjada (ou entao, existe uma ou duas excepções no máximo), mas em contrapartida zonas "verdes" de mato ou erva existem às carradas (menos mal).

Mas pelo que a cidade é conhecida, é pela sua zona histórica, que não só é património mundial da Unesco, como merece inteiramente esse titulo, pois apesar de não ter edificios deslumbrantes (excepçao igrejas, castelo e muralhas da cidade), 98% dos edificios apresentam fachadas em perfeito estado de conservaçao.

O centro não tem grande ciência. Há uma praça central um pouco maior que o Terreiro do Paço, que tem 200 x 200m, atolada de esplanadas, restaurantes, cafés e outros estabelecimentos para sacar divisas abertos até às 24, 1h da manhã. Existe um jardim que rodeia todo este centro que tem uma forma eliptica, e que se faz de uma ponta à outra a pé em 20, 25min. Algo que me surpreendeu é a quantidade de bares, restaurantes e afins que existem. Comparando com Portugal, a qualidade dos bares é bem melhor que a do Bairro Alto em termos médios.
Decidi ainda experimentar algo da noite de cracóvia, mas como estava a chover, o pessoal que circulava pela rua debandou, e após várias voltas à procura de um sítio com mais de 10 pessoas, lá achei uma cave que tava a bombar som. O sítio era uma cave, e tinha n divisoes, ao estilo do pavilhao chines, mas com umas abobodas de tijolo. Apesar de cave, tinha bastante luz, não havia muito fumo e na pista de dança era proibido fumar. Quanto à música, era toda dos 80s e era uma pirosada de todo o tamanho. Não, não sei o nome do estabelecimento. Quanto a população feminina, havia de tudo (giras e menos giras), mas quase todas tinha algo em comum: estavam bem atestadas, etilicamente falando. Bom, as opções que eu tinha para ir naquela altura eram zero, pelo que lá me decidi a ficar por ali até as 4h da matina. Já agora, durante toda a noite, não tive stress nenhum, fiquei mesmo positivamente surpreendido com o nivel de segurança da cidade. A única chatice que parece poder haver é um bebado meter-se connosco, mas também isso ja estamos bem habituados em Lx.